Reportagem

Avaliação imobiliária para seguro: como garantir a cobertura certa para proteger o patrimônio

Consultoria especializada ajuda a determinar o valor correto de reposição em caso de sinistro.

20 de Julho de 2022
Autores:
  • Agência Tecere

A avaliação imobiliária é um instrumento que traz mais segurança em qualquer transação comercial envolvendo imóveis, seja para verificação do valor de mercado, negociações de compra e venda, análise de viabilidade para o desenvolvimento de projetos e para fundos de investimento ou, ainda, no caso de oferta do imóvel como garantia para empréstimo bancário. A essa extensa lista, acrescenta-se mais uma importante função da avaliação imobiliária: determinar o valor dos ativos na contratação do seguro patrimonial, bem como o valor da indenização em caso de sinistro. 

“Ninguém nunca espera ter que acionar o seguro, mas vimos os prejuízos e transtornos que podem surgir no caso de um incidente como o recente incêndio que destruiu edifícios e estoques de lojas na região da 25 de Março, em São Paulo”, exemplifica Magno Stipkovic, diretor de Valuation and Advisory Services da JLL.

O seguro do imóvel é uma forma de minimizar as perdas e deveria ser uma preocupação de todo proprietário e ocupante. 

Importância da avaliação imobiliária para o seguro

Tanto na contratação do seguro patrimonial empresarial quanto do residencial, quem informa o valor do bem a ser assegurado é o cliente, e não a seguradora ou o corretor. Só o proprietário ou, em alguns casos, o locatário pode fazer isso. Neste momento, é importante contar com uma avaliação especializada, alerta Antonio Carlos Carneiro, Head de Seguros da HPE, corretora de grandes empresas.

“Dependendo do tipo de seguro, algumas corretoras enviam aos clientes questionários para entender exatamente o risco a ser segurado. Se for apenas para garantir o imóvel, vai considerar a reconstrução e acabamentos, por exemplo. Se incluir também o conteúdo do imóvel, devem ser considerados também valores de matéria prima, produtos acabados, equipamentos e maquinários, entre outros”, diz Carneiro.

Um dos riscos de uma avaliação mal feita é ter prejudicada a validação do sinistro ou ser obrigado a arcar com parte do prejuízo por causa da cláusula de rateio, que penaliza o segurado quando o valor em risco declarado é menor do que o real.

“Por exemplo, se o segurado contratou com um valor equivalente a 70% do valor do imóvel, ocorrendo um sinistro a seguradora indenizará 70% do prejuízo, mesmo que o valor segurado seja superior ao dano, uma vez que a seguradora só recebeu o prêmio correspondente a 70% do valor em risco”, explica Fernando Simões, diretor executivo do SindsegSP (Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros de São Paulo).

Custo de reposição é fator-chave da avaliação especializada

Apesar de seguirem o mesmo método de quantificação de custo, existe uma diferença entre a avaliação para seguro e a avaliação imobiliária convencional: a primeira não leva em conta o valor do terreno, apenas o da construção – ou melhor, o valor de reposição. 

“É importante que o imóvel seja avaliado por alguém com conhecimento do real valor do imóvel e, principalmente, do valor de reposição. O seguro irá cobrir apenas a construção, e não o terreno e as fundações, pois não estão sujeitos ao risco de incêndio. Portanto, deve-se avaliar pelo valor do metro quadrado da região para o tipo de construção que se irá segurar”, destaca o diretor do SindsegSP.

Ou seja, se houver qualquer obra de ampliação, reforma de grande porte ou retrofit no imóvel, é necessário atualizar a avaliação e o seguro, lembra o diretor de Valuation and Advisory Services da JLL. “Todos os detalhes devem entrar no cálculo do custo de reposição do imóvel para que o prêmio de um eventual sinistro corresponda ao valor real de reposição do bem”, conclui Stipkovic. 

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