Porto Maravilha cresce
e alavanca mercado de escritórios carioca | 3T 2019
Região teve maior absorção bruta da cidade e queda acentuada da vacância.
A região do Porto Maravilha foi responsável por mais de 50% da absorção bruta do Rio de Janeiro no terceiro trimestre de 2019, segundo estudo First Look realizado pela JLL. O volume de novas ocupações e novas locações impulsionaram a queda da vacância e disponibilidade na região em 10 pontos percentuais e 8 pontos percentuais respectivamente.
Embora a taxa de vacância ainda seja alta, na casa dos 65% - enquanto na cidade é de 43,4% - a região do Porto Maravilha mostrou maior queda nos últimos 12 meses. O terceiro trimestre registrou no Rio de Janeiro como um todo a maior absorção bruta do ano, com um crescimento de 54% em relação ao último período, expondo as boas ocupações dos espaços de escritórios.
Para Evie Kempf, gerente de Transações da JLL no Rio de Janeiro, as absorções na região tendem a continuar crescendo. “Hoje, há um expressivo volume de áreas alugadas e que ainda não foram ocupadas, em especial no Porto Maravilha e no Centro. São 124 mil m² pré-locados por grandes empresas do setor financeiro, por exemplo, que não estão mais disponíveis no estoque da cidade”, pontua.
Novas locações impulsionadas por petróleo e energia
Os setores de petróleo e energia, tradicionais no Rio de Janeiro, foram responsáveis por cerca de 50% das novas locações na cidade no terceiro trimestre de 2019, segundo estudo da JLL. O setor financeiro aparece na sequência, com 19%, seguido pelo de fumo, com 7%.
“O cenário competitivo por demandas nos mostra que os preços permanecem com leve tendência de queda; isto é, os proprietários permanecem flexibilizando as negociações para garantirem a ocupação dos espaços no Rio de Janeiro”, ressalta Evie.
Para a especialista, o Porto Maravilha também é destaque na multiplicidade de empresas que escolheram o local para se fixarem. “Trata-se de uma região que tem atraído uma grande diversidade de setores de atividades, não ficando dependente de somente um segmento. A médio prazo, por conta desta característica, devemos ter um crescimento que extrapolará o corporativo, atraindo varejo e residencial e tornando a área um polo turístico”, projeta.