JLL muda de endereço no Rio de Janeiro

Consultoria imobiliária adere ao modelo de trabalho em espaço de coworking.

20 de Dezembro de 2017

A JLL começará 2018 em um novo endereço no Rio de Janeiro. A empresa passa a ocupar um escritório privativo em um espaço da WeWork Carioca, no Edifício Torre Almirante, no Centro. 

Com a mudança para um espaço de trabalho compartilhado, a empresa pretende ganhar agilidade, reforçar sua sinergia com o mercado, além de ampliar o network e a possibilidade de conquistar novos negócios.

Para Guilherme Soares, diretor da JLL Rio de Janeiro, a conexão com pessoas de diferentes perfis e setores de atividades em um ambiente colaborativo e atrativo para novos talentos traduz o novo conceito de trabalho, que privilegia a experiência, a criação de novas redes de relacionamentos, o bem-estar e o prazer de compartilhar.

"É uma experiência importante para a JLL poder estar em contato direto com a inovação e com o empreendedorismo, e uma grande oportunidade de aprendizado para nós, que somos vistos como uma empresa da "economia tradicional". Teremos a chance de vivenciar no nosso dia a dia as rápidas mudanças no modo de trabalho", diz Soares.

Para o executivo, essa multiplicidade de olhares ampliará a visão da JLL sobre os impactos dessas transformações e sobre como a empresa poderá ajudar seus clientes nesse cenário de alta complexidade.  

Mais flexibilidade para portfólios imobiliários

As profundas e rápidas transformações na maneira como as pessoas trabalham e no próprio ritmo dos negócios estão levando as empresas a buscar mais flexibilidade em seus portfólios imobiliários. Essas tendências foram apontadas na recente pesquisa da JLL Global Market Perspective, publicada em novembro, que destaca ainda esses fatores como os principais impulsionadores do crescimento global do segmento de coworking nos últimos trimestres. Ainda, segundo a JLL, 30% de todos os espaços de trabalho no mundo terão algum componente de flexibilidade até 2030, incluindo espaços de coworking, incubadoras e aceleradoras.

Para Soares, em um mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo está claro que surgirão novas formas e funções para os imóveis comerciais. "É uma época bastante interessante, em que o ambiente construído passa por uma profunda reavaliação e novos usos para os imóveis estão sendo criados para dar suporte a novas necessidades das empresas, das pessoas e a novas formas de trabalho", avalia.

O executivo explica que as transformações que estão acontecendo agora, e que certamente terão impacto na próxima geração de imóveis corporativos, refletem mudanças mais amplas, que vão além do layout do escritório. "Há algumas décadas, ter uma sede própria era um valor para as organizações, depois passamos para a fase das locações tradicionais e agora estamos vivemos um momento em que há uma pressão crescente dos ocupantes por espaços mais flexíveis", diz.

As empresas estão tendo que lidar com uma força de trabalho cada vez mais fluida, que inclui funcionários remotos, freelancers, trabalhadores temporários e funcionários contratados. "Grandes e pequenas organizações começam a perceber que espaços de trabalho mais flexíveis podem contribuir para melhorar a gestão dessa força de trabalho líquida", diz Soares.

Para o executivo, nos próximos anos veremos grandes mudanças no mercado de escritórios, já que os proprietários terão que adaptar seus imóveis para atender essas novas e crescentes demandas dos locatários. "Flexibilidade passa a ser um dos valores mais importantes para as empresas nesse cenário em transformação. As organizações precisam ser ágeis e responsivas frentes às rápidas mudanças em seus negócios. E os imóveis precisam acompanhar essa evolução", explica Soares.​

Espaços flexíveis: segmento em rápida expansão

O segmento de espaços flexíveis está crescendo rapidamente nos principais mercados globais. Segundo dados da JLL, nos Estados Unidos, a locação de espaços flexíveis triplicou em dois anos. Do começo de 2017 até a data atual, o segmento já responde por 3,1% das locações de escritórios realizadas nos principais mercados do país, frente aos 1,3% de participação registrados nos dois anos anteriores.