Reportagem

Persistir para resistir: geração 60+ busca superar o preconceito para se manter ativa no mercado de trabalho

Contratado pela JLL aos 62 anos, Eduardo Pezzi revela experiências traumáticas na busca por oportunidades e ressalta a importância de uma empresa inclusiva.

01 de Setembro de 2021
Autores:
  • Mateus Videira

Pandemia de COVID-19, um mundo afetado economicamente, com reflexo direto no mercado de trabalho digitalizado e em busca de jovens talentos. O cenário, por si só desafiador para quem busca uma nova oportunidade, é, na maioria das vezes, ainda mais complexo para pessoas mais velhas e em busca de recolocação.

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Eduardo Pezzi, de 62 anos, viveu essa exata experiência até o início de 2021, quando iniciou sua trajetória na JLL atuando como gerente de Infraestrutura. Apesar do desejo de retornar ao mercado, as sucessivas negativas em processos seletivos, algumas delas justificadas pela sua idade como empecilho, deram luz para um novo cenário ao engenheiro, mas comum a muitas pessoas da sua faixa etária. 

“Durante o período em que fiquei desempregado, dei conta do preconceito que existe, infelizmente, com os mais velhos. Hoje, as pessoas e algumas empresas acham que a sua idade é um empecilho, um ponto negativo para a contratação, quando eu penso que só podemos ajudar”, conta.

“Em um dos processos, recebi o retorno de que era velho demais para a vaga. Em outras, quando chegava para a entrevista, percebia rapidamente a desconfiança que não havia com os outros candidatos, a maioria mais jovem. Isso é doloroso”, completa.

Engenheiro eletricista formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Pezzi sempre buscou se reinventar para atuar nos mais diversos setores. Ao longo de sua carreira, iniciada no segmento da construção, galgou degraus até cargos de liderança, empreendeu e passou por um ano sabático antes de sua, agora, penúltima experiência profissional, que durou quase 20 anos em uma multinacional de serviços generalistas.  

Entre 2017 e 2021, Pezzi passou pelo caminho de muitos brasileiros, buscando por oportunidades nas mais diversas áreas e confiante de que sua experiência poderia ser um diferencial competitivo. A expectativa, no entanto, se confirmou apenas em fevereiro deste ano, durante a pandemia, quando passou a fazer parte de uma empresa que, durante toda a carreira, foi sua concorrente.

“Busquei por muito tempo uma oportunidade. Com a pandemia, fiquei receoso de trabalhar presencialmente porque moro com meu pai, então decidi esperar. Logo depois que ele conseguiu tomar a vacina, recebi uma ligação de ex-funcionários meus, hoje líderes, que perguntaram seu eu gostaria de participar de um processo para atuar em um contrato gerenciado pela JLL na área de Facilities. Minha resposta foi rápida e direta: ‘Claro’”, lembra.

“Sempre fugi de grandes corporações na minha carreira. Aceitei a JLL porque queria a oportunidade de recomeçar. Mas o que vi foi algo que nunca tinha presenciado antes: uma empresa multinacional, com dezenas de milhares de funcionários, mas que realmente se importa com cada um deles, com o bem-estar e com a saúde. O número é importante, claro, mas na JLL o ser-humano é prioridade de verdade”, explica Eduardo.

Luís Ronca, COO LatAm da JLL Work Dynamics, reforça que não há limitadores que superem a força de vontade e o desejo de seguir evoluindo profissionalmente para contribuir com o crescimento da empresa. “As nossas pessoas são o nosso maior ativo. Cada colaborador cumpre o seu papel para que, juntos, como uma só JLL, possamos moldar o futuro do mercado imobiliário por um mundo melhor. Nosso objetivo é sempre ter ao nosso lado profissionais excepcionais, e isso independe de faixa etária.” 

Na JLL, o gerente de Infraestrutura não mede esforços para ter ao seu lado um time diverso, mas que seja, acima de tudo, inclusivo com todas as pessoas, transmitindo os pilares da empresa que representa. Afinal, todos os dias, Eduardo inicia seu trabalho com a ambição de aprender e a disposição de ensinar.

“O dia em que eu achar que sei tudo e que faço tudo melhor, fecha o caixão e me enterra. Hoje, o mundo é tecnológico e eu tenho que me adaptar. Aprendo com os meus netos, com o meu filho coisas para utilizar no meu dia a dia e busco ensinar para eles e para os meus colegas mais jovens o que posso, o que minha experiência me trouxe. Os tombos que tomei eles podem evitar”, diz Eduardo.

“Vejo que o meu caso, de ser contratado aos 62 anos por uma empresa como a JLL, é exceção. Pensando dessa forma, que eu seja um propulsor e que outras empresas vejam a força que uma pessoa mais velha tem, o quanto ela pode acrescentar. Um mix de pessoas bem orientadas e ambiciosas é o caminho, porque está claro que a sociedade precisa de todos que fazem parte dela”, finaliza. 

Entre 30/08 e 03/09, a JLL Brasil promove a sua III Semana da Inclusão, Diversidade & Cultura. Para celebrar esse momento, o Tendências & Insights abre espaço para três matérias relacionadas ao tema. Fique atento(a)!

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