Reportagem

Tecnologia é aliada para dar agilidade e segurança no acesso aos empreendimentos

Além de otimizar o acesso, sistemas de controle ajudam a reduzir os custos em condomínios corporativos.

14 de Julho de 2022
Autores:
  • Abgail Cardoso

Nas grandes cidades, onde os deslocamentos costumam ser mais demorados e a agenda profissional mais cheia, não se pode perder tempo. Dez ou 15 minutos esperando na recepção para obter a autorização para acessar o escritório de um cliente podem impactar a rotina e a pontualidade do visitante.

Os sistemas de controle de acessos atuais oferecem uma série de possibilidades que ajudam a otimizar o fluxo de pessoas nas recepções, evitando filas e insatisfações. O compartilhamento da função com os condôminos, por exemplo, pode agilizar a entrada de visitantes, prestadores de serviços e funcionários. Além disso, permite reduzir o tamanho da equipe na recepção, cortando custos e diminuindo o valor da taxa condominial. 

Como funciona

A administração do prédio, em acordo com o proprietário, implementa dispositivos eletrônicos para controlar a entrada e saída de pessoas. De modo geral, os representantes designados pelas empresas ocupantes entram no sistema de controle e informam os dados de quem vai receber o visitante ou prestador de serviço, com o dia e o horário marcados. Ao chegar ao empreendimento, a pessoa não precisa se identificar na recepção e aguardar a liberação para receber um cartão. 

No procedimento convencional, o contato da recepcionista do prédio com a empresa visitada pode demorar devido a um ramal ocupado ou indisponível. Já com a adoção do sistema tecnológico, isso não acontece, pois, com a utilização do cadastro antecipado, automaticamente o condômino já autoriza a entrada de seus visitantes ou prestadores de serviços.

Dependendo do sistema adotado no empreendimento, sua entrada pode ser liberada por meio de senha digitada na catraca, que pode ser definida com o número do RG da pessoa ou leitura de QR Code enviado previamente para o celular do visitante via SMS ou e-mail. Na saída, digita-se novamente o RG, ficando registrado que essa pessoa deixou o prédio ou através do QR Code para dar baixa na saída do visitante. 

Benefícios

“Para locatários e proprietários, a redução de custos é um dos atrativos mais evidentes”, destaca o gerente Técnico da JLL, Evaldo Pisani. Já para visitantes e prestadores de serviços previamente autorizados, que podem ir direto para as catracas sem precisar aguardar, o maior ganho é em termos de agilidade. “É comodidade acima de tudo, rapidez, diminuição de filas e redução de custos,sem abrir mão da segurança”, completa Pisani.

Além de maior agilidade, outro benefício muito importante é a segurança. Com a liberação feita pelo próprio condômino, com login e senha, fica registrado no sistema quem autorizou a entrada do visitante ou do prestador de serviço. A liberação de acesso de pessoas externas pode ser feita a qualquer momento e, quando necessário, para um ou vários dias. Para prestadores de serviços, recomenda-se a inserção dos dados com antecedência de 24 horas, a fim de permitir a validação e ciência da administração predial, que precisa saber sobre eventuais obras nas áreas privativas.

Instalação

A gerente Predial da JLL, Juliana Asche, explica que existem vários modelos de controle de acesso compartilhado com os condôminos. Eles podem funcionar por meio de senha, biometria, QR Code ou reconhecimento facial. Para implantação, é necessário adquirir a licença de uso do software, ter catracas com teclados, leitores de digitais, de QR Code ou dispositivo para reconhecimento facial, conforme o sistema adotado no prédio.

É preciso dispor ainda de infraestrutura de rede, servidor ou armazenamento em nuvem. “O custo de implantação é relativamente baixo e depende do sistema existente, mas certamente ele se paga rapidamente com a possibilidade de redução da equipe de recepção, sem contar os benefícios para os usuários”, afirma Juliana. 

Experiência do West Towers 

Localizado em Barueri (SP), na grande São Paulo, o Condomínio West Towers vem experimentando os benefícios do sistema descentralizado de controle de acesso desde o início de sua operação, em 2015. Nas empresas estabelecidas no empreendimento, atualmente trabalham cerca de 7 mil colaboradores e o fluxo de visitantes e prestadores de serviços chega a quase 9 mil acessos por mês.

No empreendimento, o uso dessa tecnologia permitiu reduzir de duas para uma pessoa em cada recepção, o que representa uma economia média estimada de 2% a 3% no custo fixo do condomínio, a depender se a recepcionista é bilingue ou não. “É um ganho que se reflete na atratividade do prédio. De fato, ajuda na retenção de locatários e na captação de novos, reduzindo a vacância”, explica Pisani.

No West Towers, a liberação da entrada e dasaída é feita por meio de senha - optou-se por configurar o número do RG para evitar esquecimentos. “Os visitantes e prestadores de serviços precisam passar na recepção apenas na primeira vez que vêm ao prédio, para fazerem seus cadastros com apresentação de documento, serem fotografados e darem o aceite ao termo de consentimento da Lei Geral de Proteção de Dados. Nas visitas seguintes, já podem passar diretamente nas catracas sem necessidade de ir até a recepção”, explica Juliana, lembrando que foram intensificadas a limpeza dos teclados e a oferta de álcool gel para higienização das mãos.

Outra comodidade é que os condôminos podem atualizar a lista de funcionários diretamente no sistema. “Dessa forma, ganham-se agilidade e segurança. A atualização é imediata tanto para cadastros de novos funcionários como para cancelamentos de demitidos”, explica Juliana. Ainda para os funcionários, o sistema permite entrar e sair usando o crachá ou digitando o número do RG, sem que haja incompatibilidade.

A flexibilidade é outro aspecto positivo. “No West Towers, as cancelas do estacionamento estão habilitadas para cadastrar o mesmo cartão de acesso das catracas das recepções, vinculando também aos respectivos veículos, mesmo sendo sistemas individuais. É muito mais comodidade para os condôminos, pois utiliza-se apenas um cartão de acesso para entrar no prédio”, conclui Juliana.

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