Escritórios de alto padrão crescem em ritmo lento em São Paulo | 1T 2019
Baixe o relatório First Look Escritórios Classe AA&A - São Paulo.
O mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo apresentou uma grande área ocupada no primeiro trimestre de 2019, mas a área devolvida desacelerou o bom ritmo de movimentações no início de ano. É o que mostra a pesquisa First Look.
A absorção bruta chegou a 136 mil m², um número bem expressivo. Por outro lado, a absorção líquida, que demonstra a crescimento real do mercado, foi de apenas 8 mil m² devido aos 128 mil m² devolvidos no período. Essa área superou as devoluções do ano de 2018 (121 mil m²). Mas, deste total, 19% foram absorvidos e 12% já se encontram negociados para ocupação futura.
Análise das regiões de escritório de alto padrão em São Paulo
Entre as áreas ocupadas, tiveram destaque Faria Lima, com 19%; Alphaville, com 16%; e Chácara Santo Antônio, com 13%.
“A Faria Lima é uma área bastante demandada para escritórios de alto padrão, mas com disponibilidade cada vez menor. A região está com a vacância em 16%, abaixo da média da cidade de São Paulo, que é de 23%, o que faz os preços por lá subirem e favorecerem os proprietários na negociação”, analisa Ana Carolina Pereira, da área de Pesquisa e Inteligência de Mercado da JLL.
As regiões primárias (como Faria Lima, Vila Olímpia, Itaim, JK, Berrini/Chucri e Paulista) mostram a recuperação do mercado, com taxas de vacância de 17,9% e disponibilidade de 16,1%.
As regiões alternativas (Alphaville, Barra Funda e Moema) também apresentam um cenário positivo. “O destaque está na Barra Funda, que vem apresentando bons números de locação”, diz a analista da JLL.
Nas regiões secundárias (como Chácara Santo Antônio, Jardins e Marginais) a recuperação está um pouco mais tardia, com disponibilidade de 32,7% e vacância de 38,8%, principalmente nas Marginais, o que traz boas oportunidades de negócio para os locatários.
O preço médio pedido de locação teve leve aumento, chegando a R$ 90/m²/mês, outro sinal da retomada do segmento de escritórios de alto padrão em São Paulo.
“A tendência é de alta neste valor. Só não sabemos em que velocidade. Os números deste primeiro trimestre são bons, mas ainda mostram o mercado receoso com a economia. Em linhas gerais, o cenário é de recuperação, especialmente nas regiões primárias. Já no restante da cidade, a recuperação acontece de forma mais gradual, uma vez que houve queda intensa do mercado nos últimos anos”, conclui a analista.