Mercado imobiliário retoma crescimento em SP e cenário em 2020 deve ser favorável ao proprietário | 4T 2019
Procura por espaços prime aumenta e deve gerar rápida absorção de novo estoque.
OO mercado imobiliário de escritórios de alto padrão em São Paulo apresentou queda na disponibilidade nas regiões primárias, favorecendo as negociações para os proprietários no quarto trimestre de 2019, segundo estudo First Look realizado pela JLL. A taxa da cidade é de 15,1%, enquanto nas áreas mais nobres chega a 9,5%. Eixos como Itaim, JK e Vila Olímpia estão próximos ao esgotamento de espaços, com disponibilidade para novos negócios abaixo de 5%, além de a Faria Lima estar se aproximando da mesma escassez.
“Em 2018, a disponibilidade em São Paulo no mesmo período era de 21%. O momento atual é de retomada e sinaliza crescimento para 2020”, destaca Paulo Casoni, diretor da área de Transações da JLL. Outro destaque de desempenho de ocupação é a região que compreende o eixo Berrini/Chucri, com mais de um terço de toda a metragem contabilizada de ocupação na cidade.
Casoni lembra que essa performance tem impacto direto na vacância. “Pela quarta vez consecutiva, houve queda na taxa de vacância, que chegou a 20,8% em São Paulo”, pontua o especialista.
Os setores que mais tomaram espaço foram o financeiro, com 33% das locações, e o de serviços digitais, com 17%. Bancos, fundos de investimento, fintechs, startups, aplicativos, desenvolvedores de software e internet, já consolidados no mercado, buscam espaços para expansão ou até movimentações para edifícios com padrão mais alto. Os dois segmentos e os de saúde e coworking foram responsáveis pelas maiores transações no ano de 2019.
2020: Novo estoque, rápida absorção
Enquanto os proprietários terão um ano favorável, os ocupantes devem enfrentar desafios em 2020. O estoque previsto para ser entregue neste ano é de 200 mil m² e pode não ser suficiente para atender à demanda nas regiões mais disputadas de São Paulo. “Muitas das entregas previstas já possuem pré-locações. A alta procura por espaços deve favorecer as regiões secundárias, que ainda possuem disponibilidade e podem ser uma saída para os ocupantes”, destaca Casoni.