Cresce a vacância no mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo 

Região da Berrini/Chucri registra maior volume de devoluções do trimestre, enquanto Faria Lima mantém bom desempenho.

12 de Novembro de 2020

A taxa de vacância dos imóveis corporativos de alto padrão na cidade de São Paulo registrou crescimento de 2 p.p. no terceiro trimestre de 2020, conforme aponta o relatório First Look da JLL. No início da pandemia, o índice já havia apresentado leve aumento, saindo de 16,9% no primeiro trimestre para 17,3% no período seguinte. Agora, atingiu 19,3%.

O maior volume de devoluções concentrou-se na região Berrini/Chucri, com mais de 36 mil m² desocupados no trimestre. Com alto volume de estoque disponível, a área tem uma das mais elevadas taxas de vacância da cidade (45,9%). 

Para Paulo Casoni, Diretor de Transações da JLL, as devoluções, apesar de terem aumentado, ainda são referentes a áreas pequenas ou já estavam previstas antes da pandemia. “Muitas empresas possuem contratos de longo prazo que preveem penalidades severas na rescisão antecipada. Assim, a saída de um espaço pode representar alto custo para as companhias”, aponta.

O preço médio pedido na cidade permaneceu estável, conforme a pesquisa. Segundo Casoni, o aumento da vacância pode pressionar os preços para baixo em regiões onde há maior oferta de espaço. “Já o valor médio pedido para locação em áreas mais nobres deve permanecer no mesmo patamar no curto prazo”, explica.

O executivo analisa que este é o momento de as empresas serem cautelosas na tomada de decisão. “Agora, é importante ser racional. Os grandes ocupantes passaram a se importar menos com a localidade em área nobre dos escritórios para dar prioridade aos custos.” Ele lembra ainda a decisão de não ter mais um escritório físico pode ser drástica. “Além de impactar a produtividade dos colaboradores, retomar espaços poderá gerar custos altos no futuro, por isso, é fundamental analisar caso a caso”, diz Casoni.

Faria Lima mantém bom desempenho

O destaque positivo do terceiro trimestre de 2020 é a região da Faria Lima, de acordo com o First Look. Apesar de também registrar devoluções, a área teve absorção líquida positiva de mais de 25 mil m². O Facebook foi responsável pela ocupação de mais 23 mil m² no edifício Birmann 32, empreendimento recém-inaugurado, que já registra ocupação em torno de 60%.

Para Casoni, áreas nobres como a Faria Lima devem ser as últimas a sentir os impactos negativos da pandemia. “Outra tendência é que novos centros de negócios, em diferentes regiões, surjam para atender à demanda por descentralização dos escritórios”, ressalta o executivo.

Acesse o estudo First Look SP do 3º trimestre de 2020 aqui


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