JLL reúne quatro dos maiores especialistas do país em live para analisar o futuro do mercado hoteleiro

O que esperar do futuro do mercado hoteleiro após a crise provocada pela pandemia? Para as esmiuçar as principais tendências, analisando os desafios e as oportunidades para o setor, a JLL promoveu, na última quarta-feira (25/08), sua terceira live comemorativa dos 25 anos de presença no Brasil.

Transmitido ao vivo pelos canais sociais da JLL Brasil, o evento reuniu quatro dos maiores especialistas em hotelaria do país: Ricardo Mader e Pedro Freire, diretores de Valuation and Advisory Services (VAS) da JLL, Alexandre Solleiro, CEO do Brazil Hospitality Group (BHG), e Orlando de Souza, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), além de contar com a participação especial de Fábio Maceira, CEO Brasil da JLL.

Ao longo de mais de uma hora de evento ao vivo, os participantes analisaram diversos aspectos da hotelaria, desde as principais lições aprendidas pelo setor com a pandemia, como na gestão dos ativos, passando pela experiência do usuário e o uso de tecnologias, sem deixar de avaliar as tendências e as possibilidades que se abrem para uma recuperação em um cenário transformado.

“O setor aprendeu a trabalhar em um momento de exceção e a fazer uma melhor administração dos custos. A hotelaria tem um custo fixo alto, e é necessário muito planejamento para não apenas controlar isso, mas também para reduzir esses custos. Daqui para a frente, donos e operadores de hotéis entenderão que se deve maximizar os lucros. Por se tratar de uma indústria de serviço, é importante ter esse equilíbrio entre receita e despesa”, explicou Ricardo Mader, head de Valuation and Advisory Services da JLL.

Pedro Freire, por sua vez, ressaltou a importância de os hotéis estarem preparados para atender a diversas demandas que estão surgindo, o que deve trazer novas oportunidades para o setor. 

“As demandas vão existir, mas os hotéis precisarão ser mais flexíveis. Um exemplo é a capacidade para os eventos híbridos e presenciais, espaços multifuncionais, room offices e fitness room, além de ambientes abertos e mais arejados. Essa flexibilidade traz muitas possibilidades de geração de receita”, comentou o diretor de Valuation and Advisory Services da JLL.

Trazendo as visões tanto do investidor quanto do operador hoteleiro, Alexandre Solleiro e Orlando de Souza traçaram um panorama da situação da oferta no Brasil. Se antes havia certo excesso em algumas localidades, a pandemia e seus efeitos devem regular a quantidade de hotéis e, ao mesmo tempo, impulsionar um crescimento do setor em todo o país.

“O excesso de oferta existe, mas ele é setorial, em alguns lugares e não dá para generalizar. Podemos citar o Rio de Janeiro, por exemplo, mas muito pela Copa do Mundo e pela Olimpíada. A pandemia, por sua vez, deve regular esse cenário de forma natural. Ainda assim, vejo que a oferta crescerá no Brasil, assim como todo o setor”, disse Alexandre Solleiro, CEO do BHG.

“A pandemia afetou diretamente e colocou luz para o quanto o setor estava fragmentado. Como a COVID-19 foi um inimigo comum, fez com que todos se unissem. E isso também deve impactar em um rearranjo da oferta, com os mais preparados retomando com mais facilidade, seja adotando novos formatos, mais flexibilidade, apostando em fusões ou tendo a tecnologia como propulsor”, explicou Orlando de Souza, presidente do FOHB.