Taxa de vacância do mercado de escritórios de São Paulo sobe pela primeira vez em quatro anos 

Absorção líquida tem resultado negativo, exceto na Faria Lima.

10 de Agosto de 2020

A cidade de São Paulo registrou um aumento na taxa de vacância dos imóveis corporativos de alto padrão no segundo trimestre de 2020, de acordo com o estudo First Look, realizado pela JLL. Desde 2016, é a primeira vez que o índice registra crescimento, saindo de 16,9% no começo do ano e atingindo 17,3% durante a pandemia.

Segundo Paulo Casoni, diretor de Transações da JLL, a queda na absorção líquida de mais de 13 mil m² sinaliza uma alteração importante no fluxo do mercado. “Antes da pandemia, tínhamos um cenário de volume ascendente de negócios. Agora, sentimos uma inversão nessa tendência”, relata.

Casoni lembra que, levando em conta a necessidade de distanciamento social de 1,5 metro e a demanda dos funcionários por voltar aos escritórios, as devoluções podem ser precipitadas. “A necessidade de espaço deve ser avaliada com cuidado, pois o distanciamento exigido pode impactar mais que a implementação do trabalho remoto, além do fato de que muitas empresas possuem questões contratuais que podem tornar a devolução inviável economicamente. É preciso ressaltar que também existe o custo para que o escritório seja novamente mobilizado, ou seja, o que parece um saving  neste momento pode se tornar um custo mais adiante”, detalha.

Apesar de algumas devoluções e da aderência das equipes ao home office, os escritórios continuam sendo importantes espaços de integração e colaboração entre os funcionários. Na pesquisa global “O Futuro da Demanda Global por Escritórios”, realizada pela JLL, 44% dos entrevistados disseram sentir falta do contato social com os colegas de trabalho, enquanto outros 31% da estrutura física do escritório. “Os escritórios não vão deixar de existir, continuarão evoluindo e reforçando o seu papel por serem imprescindíveis para promover colaboração, inovação, competitividade, trabalho em equipe e a conexão entre as pessoas”, diz Casoni.

Faria Lima é exceção à queda

Apesar de a cidade de São Paulo apresentar queda na ocupação de 0,4 p.p. dos escritórios de alto padrão, a região da Faria Lima mantém bons resultados no segundo trimestre de 2020, de acordo com o First Look. A área nobre teve absorção líquida positiva de mais de 8 mil m² e apresenta somente 6,3% de taxa de vacância, enquanto as demais zonas mapeadas registraram devoluções de espaços. 

Para Casoni, a Faria Lima continua se reafirmando como a região mais relevante para o mercado de escritórios de São Paulo. “É um eixo importante, que continua atraindo locatários e não deve sofrer pressão por baixa de preços por enquanto, já que a demanda permanece consistente”, explica.

Acesse o First Look! 


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