Reportagem

Investimento em greenfield: a moradia em alta em todas as suas formas

Modalidade traz boas oportunidades para incorporadores e investidores focados em multifamily, incorporação residencial e student housing.

25 de Junho de 2021
Autores:
  • Bruna Martins Fontes

Em 2021, o setor de real estate está no centro do interesse dos investidores que buscam opções mais seguras em um cenário financeiro bastante volátil em todo o mundo. Uma pesquisa global feita pela JLL com 38 investidores que reúnem um capital de US$ 1,5 trilhão mostra que 82% deles pretendem investir em ativos imobiliários ou manter os que já têm.

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Como investir em incorporação imobiliária greenfield

Compreenda a modalidade, as oportunidades e os desafios para incorporadores e investidores, e de que forma a JLL pode ajudar na prospecção e comercialização de terrenos.

No Brasil, existe uma movimentação semelhante, especialmente para o residencial. “É o setor mais resiliente do mercado imobiliário, pois não há crise de demanda. Moradia é uma necessidade básica, e o país ainda tem um déficit habitacional a vencer”, avalia Márcia Castro, diretora da área de Capital Markets da JLL.

Por isso, novas incorporações têm colhido excelentes resultados, e o mercado de living tem se mostrado uma nova e forte tendência de investimento imobiliário. Isso se aplica especialmente ao multifamily, ­empreendimentos residenciais compostos por apartamentos ou casas que estão descritos, geralmente, em um único registro imobiliário (ou seja, são tratados como um só imóvel, mas destinados à moradia de várias pessoas ou famílias).

O aquecimento do mercado residencial traz uma boa oportunidade para o desenvolvimento tradicional, ou greenfield – quando se adquirem terrenos, livres ou com edifícios existentes, para demolir e começar do zero um novo empreendimento.  As novas demandas despertadas durante a pandemia de COVID-19 são tão expressivas que já se noticia a comercialização de imóveis construídos que serão reformados ou sofrerão mudança de uso (o chamado brownfield).

“Agora tudo é em casa: trabalho, descanso e diversão. Essa nova relação com os ambientes gerou certamente novos desejos. Mais espaço, um escritório bem montado ou até mesmo uma varanda gourmet, tudo para melhorar o bem-estar e a convivência em família”, avalia Márcia.

Além disso, a pandemia e a inflação, que ameaça o poder de compra do consumidor, estão impulsionando a comercialização das unidades produzidas.

Sob o aspecto do investimento, o segmento está igualmente estimulado. “A posição de caixa das incorporadoras de capital aberto chega atualmente a R$ 14 bilhões. Isso é uma evidência de que estão capitalizadas e buscarão proteger a força do capital que têm em caixa, adquirindo terrenos, estocando ‘matéria-prima’ e garantindo a entrega de futuras unidades”, explica Márcia.

Na modalidade living, as oportunidades têm sido inúmeras na exploração dos diferentes públicos do mercado da locação, incluindo os estudantes (student housing). Esses moradores normalmente privilegiam a mobilidade urbana, imóveis mobiliados, flexibilidade no prazo de contrato e determinados amenities (como Wi-Fi, TV a cabo e manutenção inclusas).  “O modelo multifamily é replicável em cidades do interior, mas o apelo tem sido maior nos grandes centros urbanos, onde é mais fácil alugar as unidades, especialmente nos bairros mais consolidados.”

Com a demanda por unidades já instalada, o grande desafio é encontrar esses terrenos ou imóveis em áreas tão disputadas e com ocupação por vezes consolidada.

“É preciso buscar o que não está no mercado. Na JLL, nós ajudamos o cliente a localizar oportunidades em imóveis subutilizados ou em áreas que, combinadas, podem ser interessantes para incorporação”, explica Márcia. “Temos conhecimento técnico e somos criativos. Assim, de certa maneira, também somos uma fonte de bons terrenos.”

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