Absorção bruta em São Paulo atinge desempenho pré-pandemia | 2T2022
Vacância tem redução e tendência é de aceleração dos negócios nas regiões mais nobres da cidade.
A taxa de vacância dos escritórios de alto padrão em São Paulo apresentou nova redução no segundo trimestre de 2022. De acordo com a pesquisa First Look realizada pela JLL, isso representa queda de 1,1 p.p. em comparação com o mesmo período do ano passado. Mantendo a tendência de aquecimento, o mercado paulista registrou absorção bruta positiva de 133,7 mil m², com 135 locações. O número é o maior registrado desde o quarto trimestre de 2019.
Para Yara Matsuyama, diretora de locações de escritórios da JLL, esse cenário apresenta uma particularidade. “A maior parte das absorções foi realizada por empresas de médio e pequeno porte. As grandes corporações ainda estão consolidando o formato de trabalho híbrido e, por isso, estão se movimentando com mais cautela”, detalha.
A região da Berrini/Chucri, que possui maior estoque disponível entre as áreas mais nobres da cidade – com taxa de vacância de 31,6%, concentrou a maior parte das locações com metragem abaixo dos mil metros quadrados no segundo trimestre no ano. “A Berrini/Chucri possui empreendimentos modernos, boa oferta de estoque e ótima localização, sendo atrativa para absorver essa demanda”, explica Matsuyama.
Agilidade é bola da vez
JK e Faria Lima têm as menores taxas de vacância de São Paulo. De acordo com o levantamento da JLL, elas apresentam crescimento acelerado e cenário positivo para os proprietários. “Há pouca disponibilidade nessas regiões, com disputa por espaços entre os ocupantes. Por isso, as empresas que querem estar ali devem ser rápidas na tomada de decisão. Com uma projeção de pouco novo estoque a ser entregue nos próximos dois anos, a perspectiva é que essas áreas permaneçam sendo concorridas”, explica a executiva.