Após seis trimestres, mercado corporativo de São Paulo registra absorção líquida positiva 4T|2021
Com baixo volume de novo estoque para ser entregue nos próximos anos, expectativa é de queda sucessiva na taxa de vacância.
Depois de seis trimestres, a absorção líquida no mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo ficou positiva no quarto trimestre de 2021, com 20 mil m² registrados. De acordo com o relatório First Look, a taxa de vacância caiu 0,6 p.p., atingindo o índice de 25,3%.
O destaque fica por conta de regiões que, mesmo com novo estoque entregue, registraram bom volume de negociações e índice positivo de absorção líquida, como Berrini/Chucri e Paulista. Nesta última, o empreendimento Torre Alameda Santos, com mais de 8 mil m², foi entregue 100% locado. Para Yara Matsuyama, diretora de locações de escritórios da JLL, o comportamento na Berrini/Chucri é um sinal positivo para o mercado. “Mesmo com entrega de estoque e histórico elevado de vacância, conseguimos perceber retração no índice, o que mostra aquecimento das negociações”, esclarece.
A Faria Lima, termômetro do mercado imobiliário corporativo de alto padrão na cidade, também figura com taxas positivas. A vacância já dá sinais de retrocesso, chegando novamente a 15%. A boa performance da região, que concentra setores que continuaram crescendo durante a pandemia – financeiro, serviços digitais e tecnologia – deve impulsionar as redondezas.
Perspectivas para 2022
A estimativa é que neste ano as devoluções aconteçam de forma pontual e a demanda por novos espaços volte a crescer gradativamente, de forma cautelosa, mas em consonância com o retorno das equipes para os escritórios. Para Yara, a vivência do modelo híbrido pelas empresas vai mostrar as reais necessidades de cada corporação. “Aquilo que foi projetado e estimado durante a pandemia será experienciado, fortalecendo o papel do escritório no dia a dia dos colaboradores”, revela.