Relatório do Mercado de Escritórios - São Paulo | 2T2024
Absorção líquida dobra no segundo trimestre, aponta a pesquisa da JLL.
A cidade de São Paulo registrou 65,8 mil m² de absorção líquida somente no segundo trimestre. Esse desempenho, somado ao baixo número de devoluções, pressionou a taxa de vacância para baixo. O índice fechou o primeiro semestre em 22,1%, 3,5 p.p. inferior do que há um ano. Os dados são da Pesquisa First Look, desenvolvida pela JLL.
As regiões da Berrini e Chucri Zaidan foram responsáveis por 37% da absorção líquida. “Ambos os eixos têm apresentado crescimento gradual positivo trimestre após trimestre. Outro ponto destaque é que vimos as ocupações acontecerem de forma mais pulverizada na cidade, ao contrário de outros momentos, em que havia concentração em determinadas regiões”, ressalta Yara Matsuyama, diretora de Locações da JLL.
O levantamento da JLL também aponta que houve baixa entrega de novo estoque no segundo trimestre de 2024. Foram cerca de 20 mil m² divididos entre as regiões da Rebouças e do Jardins. Contudo, até o final de 2026, a previsão é que o estoque total da cidade receba 9% a mais de volume de escritórios de alto padrão.
A evolução dos preços na cidade
O preço médio em São Paulo alcançou o maior pico dos últimos anos, chegando próximo da marca dos R$ 100. Isso representa um crescimento de 4,5% em um ano. Caio Maia, head da área de Pesquisa e Estratégia da JLL, pontua que esse resultado se deve a dois fatores distintos. “Essa elevação foi puxada, por um lado, por edifícios que reajustaram os valores de locação. Por outro, houve a entrada no estoque de empreendimentos de alto padrão que chegaram ao mercado com áreas disponíveis sendo negociadas a valores acima da média pedida na cidade”, explica o especialista.