Reportagem

Cinco benefícios do retrofit para o varejo

Projetos de reformulação focam na experiência do cliente e nas demandas de ESG para gerar melhor desempenho para o setor.

01 de Fevereiro de 2023

Considerado um conjunto de reformas para renovar um imóvel ou sistema existente e ultrapassado, o retrofit tem sido uma alternativa cada vez mais relevante para as empresas. Mais extenso do que um reparo tradicional, esse tipo de projeto demanda um planejamento cuidadoso. Entre os pontos a serem levados em conta, estão o estudo de viabilidade das obras - que podem ser executadas também em imóveis tombados - e a padronização do portfólio de imóveis, alinhada com as estratégias de marca. Além desses pontos, o varejo precisa estar atento também à experiência do consumidor.

“O foco da renovação de imóveis no varejo, em geral, é o salão de vendas, onde o cliente acessa, mas reformar também a retaguarda tem aparecido como uma preocupação de empresas comprometidas com a qualidade dos ambientes de trabalho de seus colaboradores, para além do que a legislação exige”, explica Valesca Guimarães, diretora de Projetos e Obras Multisites da JLL. 

De acordo com a executiva, os clientes têm demonstrado preferências por por comodidade e conexão com a essência das necessidades, como mais paisagismo, espaços mais verdes, ou produtos mais frescos, por exemplo, tem aparecido cada vez mais. “O reflexo da preocupação das pessoas com qualidade de vida e esses requerimentos podem compor ou direcionar os planos dos imóveis a serem reformados”, acrescenta Valesca. 

O retrofit é também uma oportunidade para adequar a edificação às normas e tecnologias mais recentes e às demandas de ESG da empresa, melhorando a sustentabilidade da operação, o conforto dos usuários e os espaços de trabalho. “A experiência do cliente tem puxado a maioria dos investimentos em retrofit no varejo e, nesse setor, a percepção de valor dos consumidores em relação a marca está intrinsecamente ligada à primeira impressão que um espaço deixa”, aponta Valesca.

Quando o assunto é ESG, o setor imobiliário enfrenta um desafio enorme para reduzir suas emissões globais de carbono, principalmente no estoque existente de ativos em todos os setores desta indústria. “Muitos no mercado já ouviram o ditado ‘o edifício mais verde é aquele que já existe’, ou seja, é fundamental que haja investimento em reformas para adequá-los ao novo cenário global, que é a busca por ambientes e operações mais sustentáveis”, conta Luciana Arouca, diretora de sustentabilidade da JLL.

A razão principal é que, de acordo com a executiva, 11% das emissões globais de carbono são derivadas do carbono incorporado, o qual associa-se, principalmente, à construção civil. A reforma do estoque existente, portanto, oferece uma oportunidade de inovação em uma indústria que já estava atrasada para uma transformação.

Além da questão do enfrentamento das mudanças climáticas, a pressão da sociedade, clientes e consumidores neste sentido tem se mostrado cada vez mais forte, e juntamente com esta pressão virão os aspectos regulatórios da agenda ESG. “As empresas precisarão ir muito além de oferecerem seus produtos e serviços ao mercado, mostrando que seus negócios são, de fato, responsáveis com as pessoas e com o meio ambiente”, completa Luciana.

Confira,  seguir, cinco benefícios do retrofit para o varejo:

1) Aumentar o potencial de conexão dos consumidores com a marca

Ao se utilizar de rebrandings - readequação do design - ou rollouts de Reformas - projeto arquitetônico que padroniza a marca, permitindo a adaptação e replicação dos pontos físicos preservando sem deixar de preservar todos os seus conceitos e referências - a empresa melhora sua comunicação e ganha competitividade; 

2) Proporcionar uma experiência de compra melhor

O acréscimo de conforto e de comodidade atende diretamente a demanda atual dos consumidores. Como consequência, o lojista ganha um maior tempo de permanência do cliente no ponto físico, aumentando as chances dele concretizar uma compra e/ou criar vínculo com a marca. 

3) Ganhar eficiência operacional

Da instalação de totens de autoatendimento, câmeras de segurança e ar condicionado, até a troca de sistemas, revestimentos e infraestruturas, os projetos de retrofit desenvolvem soluções individualizadas para cada ponto de venda. 

4) Atingir metas de sustentabilidade

A inclusão de paisagismos, a atualização de sistemas elétricos, iluminação inteligente, gestão do lixo, troca de ar condicionado, e demais mudanças para obter eficiência energética, colaboram com metas de Sustentabilidade. As práticas estão atreladas aos compromissos corporativos na esfera ESG, evitando, inclusive, tributações futuras.

5) Gerar economias a médio e longo prazos

As reformas e atualizações promovem redução do consumo de energia e de água, além de diminuir gastos com manutenções corretivas e despesas de vigilâncias.

Confira o estudo "Retrofit no varejo: mais eficiência na operação, melhor experiência para o cliente aqui."

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