Economias em condomínios corporativos podem desencadear custos extras na retomada

O seu edifício está praticamente vazio porque seus locatários colocaram as equipes em trabalho remoto? No atual cenário, você considera uma boa opção desligar equipamentos e ligá-los apenas quando as empresas voltarem ao trabalho presencial?

No início da pandemia de COVID-19, essa parecia ser uma boa estratégia para economizar com a manutenção e aliviar o custo do condomínio. No entanto, esse processo não é tão simples assim.

Diante da pressão de custos para desmobilização dos prédios, fazia todo sentido tomar providências para se adequar à nova realidade. “Os edifícios têm uma infraestrutura complexa. Essas decisões precisam ser tomadas com base em critérios técnicos e operacionais. Só assim é possível garantir o rápido retorno e perfeito funcionamento do prédio na retomada das atividades”, alerta o gerente técnico corporativo da JLL, Evaldo Pisani.

Gabriel Martim, gerente na área de Gerenciamento de Propriedades da JLL, compara essa situação a um carro que fica parado na garagem por algumas semanas. Quando o motorista tentar ligar o motor, a bateria pode ter descarregado, a pressão dos pneus pode ter baixado, sem contar que há o risco de ressecamento de mangueiras e de degradação dos lubrificantes, entre outros. O carro não estará pronto para ser usado.

Se você seguiu por esse caminho, a recomendação é fazer uma vistoria da infraestrutura do seu empreendimento o mais rápido possível para definir um plano de gestão e segui-lo enquanto durar a pandemia, ficando preparado para garantir a segurança e o bem-estar dos ocupantes na reentrada.

Pontos importantes a considerar:

• Controle o nível de cloro e de alcalinidade, entre outros parâmetros, nas caixas d´água. Como o cloro é volátil, se a água ficar parada por muito tempo, pode haver a proliferação de micro-organismos, tornando-a imprópria para o consumo.
• Ligue periodicamente o sistema de ar-condicionado para evitar acúmulo de lubrificantes nas tubulações e vazamentos. Deve ser cumprido o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), definido na Portaria 3.523/98 do Ministério da Saúde, que trata da limpeza, conservação e manutenção dos sistemas de climatização com capacidade superior a 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/h).
• Bombas e elevadores também precisam ser acionados com certa frequência. Para os elevadores, pode ser feito um rodízio, assim é possível identificar, por exemplo, um mau funcionamento ou uma placa queimada.
• Geradores de energia devem ser testados periodicamente com carga para ter a certeza de que estão preparados para alimentar o prédio em caso de falta de fornecimento pela concessionária.
• A legislação exige a manutenção periódica de extintores, mangueiras, reservatórios de água e o controle de pragas, entre outras obrigações.
• Mesmo que em outro ritmo, a limpeza das áreas comuns é indispensável.
• Reveja a frequência, mas não interrompa os serviços de jardinagem. 

Uma minuciosa vistoria da infraestrutura fornece as informações necessárias para a tomada de decisões sobre como está o empreendimento e o que pode ser feito para reduzir o ritmo de funcionamento com segurança. “Não se pode focar só na redução de custo, é preciso pensar no planejamento da retomada”, diz Martim.

“Caso não seja realizada a manutenção necessária, o proprietário pode ter dificuldades para conseguir fazer reparos inesperados, e o custo pode ser ainda maior em função da urgência, além da insatisfação dos usuários”, conclui Pisani.

O gerente regional da JLL, Jorge Azevedo, destaca ainda que a vistoria permite identificar desde falhas no cumprimento de determinadas obrigações legais referentes à manutenção e conservação do imóvel até oportunidades de melhorias e inovação, que podem aumentar a segurança e a eficiência da operação e valorizar o empreendimento. 

Para saber mais sobre Vistoria de Infraestrutura, fale com a equipe da JLL.