Reportagem

ESG na prática: como implementar ações para garantir o futuro do negócio

Pressionadas por clientes e investidores, empresas mapeiam preocupações sociais, ambientais e de governança para promover mudanças que impactam a cadeia de valor.

21 de Dezembro de 2021
Autores:
  • Agência Tecere

A sigla ESG (do inglês Environmental, Social and Corporate Governance) está ganhando cada vez mais importância no mundo dos negócios. No entanto, ela não traz necessariamente temas novos para as empresas. Em geral, esses assuntos já eram contemplados no dia a dia corporativo, mas com outras nomenclaturas, por exemplo, responsabilidade socioambiental. A novidade é que, agora, a conversa se tornou incentivada por outros atores, principalmente clientes e investidores.

Veja como foi a nossa live #4!

O mercado imobiliário na jornada ESG

Para esmiuçar um dos principais temas do momento e por que ganha cada vez mais força no ambiente corporativo, promovemos uma live imperdível, que encerra as comemorações dos nossos 25 anos no Brasil.

“ESG pode ser traduzido como boas práticas ambientais, sociais e de governança. O termo já existe há um tempo para identificar empresas que adaptaram suas produções para reduzir o impacto no ambiente e que se preocupam com a transparência nos negócios e o bem-estar social”, resume Luís Ronca, COO para a América Latina e Head Brasil da JLL Work Dynamics.

Os efeitos dessa jornada ESG nas empresas são vários, segundo o executivo, que destaca alguns pontos principais:

- atrai a força de trabalho: as pessoas desejam trabalhar em empresas responsáveis;

- melhora a imagem da marca no mercado;

- fomenta a inovação;

- gera crescimento e parcerias estratégicas que impactam positivamente empresa e sociedade.

ESG de dentro para fora

Diante da emergência climática e em busca de diminuir as desigualdades sociais e de melhorar o ambiente de negócios, as empresas estão se comprometendo com metas de ESG e, mais do que isso, estão influenciando toda a sua cadeia de valor a fazer o mesmo.

No caso do setor imobiliário, a importância desse comprometimento é enorme, visto que 40% das emissões de carbono são provenientes de edificações.

“Considerando que a gente presta serviço para multinacionais e para grandes empresas brasileiras na área imobiliária, que é uma das que mais afetam o meio ambiente, o impacto que podemos causar com uma agenda ESG é muito grande, não só dentro da empresa, mas também junto aos clientes. Nós estamos ajudando todos os nossos clientes a atingirem suas metas de ESG nos próximos anos e temos o compromisso de zerar as emissões até 2040, inclusive nos sites que gerenciamos”, destaca Fábio Maceira, CEO da JLL Brasil.

A princípio, pode parecer uma meta ousada e, de fato, é. Porém, está totalmente alinhada ao propósito da JLL: Moldar o futuro do mercado imobiliário por um mundo melhor.

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Do planejamento à ação

Uma pesquisa da JLL com seus clientes brasileiros apontou que 95% deles estão atentos ao assunto ESG, mas, desses, apenas 50% têm algum direcionamento concreto do que fazer.

Segundo Luciana Arouca, diretora de Sustentabilidade da JLL, o avanço da implementação dessa agenda esbarra em alguns fatores:

1. falta de orçamento e recursos;

2. frustração com os dados e com a tecnologia, que, em alguns momentos, parece não acompanhar as demandas que existem hoje com a mesma celeridade;

3. pressão da liderança que quer acelerar esse progresso em sustentabilidade.

“A pressão crescente para agir na sustentabilidade vem por todos os lados: clientes, investidores, colaboradores, governos. E muito disso é movido por incentivos financeiros. Há provas de que a sustentabilidade compensa, ela traz redução de custos nas empresas e, em contrapartida, aumenta seu valor de mercado. Para avançar nessa pauta é preciso planejamento, conhecimento e resiliência, pois é algo complexo, que vai demandar ação por todos os lados, e trará retornos no longo prazo”, indica ela.

Para Reinaldo Bulgarelli, secretário-executivo do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, do qual a JLL faz parte, a discussão, afinal, é sobre como as empresas podem reduzir seus impactos negativos e trabalhar melhor seus impactos positivos.

“Não é só ter boas práticas, mas atuar na sociedade para elevar os patamares civilizatórios em temas variados. É uma agenda bacana, mas machuca, dói. É assumir suas responsabilidades, não como um paraíso ou um lugar perfeito, mas querendo participar da construção da solução”, afirma.

Para as organizações que desejam dar os primeiros passos, mas não sabem bem por onde começar, Bulgarelli indica os Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis e Responsáveis, do Instituto Ethos, que é referência no assunto, e a Agenda Positiva de Governança do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).

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