Mercado em retomada exige planejamento estratégico do budget e agilidade na tomada de decisão
Espaço disponível diminui e preços sobem, mudando a dinâmica das negociações.
Após um momento favorável para os ocupantes, que conseguiram boas negociações nos aluguéis de escritórios de alto padrão em São Paulo, o mercado imobiliário segue seu ciclo e chega à fase positiva para os proprietários. A disponibilidade é pequena nas principais regiões nobres, como Faria Lima, Itaim, JK e Vila Olímpia, e os preços estão subindo.
“Existe uma disputa pelo pouco espaço disponível, e isso exige mais rapidez na negociação. Essa retomada do mercado faz com que um processo de decisão, que antes levava meses, agora tenha que ser analisado em dias ou até horas, dependendo do produto”, alerta Yara Matsuyama Poli, gerente da área de Representação de Ocupantes de Escritórios da JLL.
Os dados do relatório First Look, da JLL, referentes ao terceiro trimestre do ano, mostram a nova realidade. A taxa de vacância da cidade caiu 7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, atingindo a marca de 22,3%, e confirmou a tendência de queda registrada pela consultoria durante todo o ano de 2019. Foram ocupados 87 mil m² no trimestre, gerando aumento na absorção bruta da cidade.
Consultoria auxilia na busca de espaço e na análise de preços
“Uma consultoria eventualmente pode ter informações sobre movimentações que ainda não foram disponibilizadas ao mercado. Assim, é possível saber quando um espaço vagará e tentar um acordo.”
Neste cenário, contar com um parceiro especializado pode fazer toda a diferença, principalmente para as empresas que precisam expandir seus escritórios.
Além de auxiliar no processo de locação, a consultoria ajuda também na análise de preços e na busca de soluções criativas que se adequem à necessidade do negócio e ao orçamento disponível.
Prepare-se para as revisões de contrato
O novo momento do mercado imobiliário de escritórios de alto padrão na capital paulista também vai se refletir nas revisionais de contrato, e não apenas nas novas locações, segundo a executiva da JLL, para quem os proprietários estão com condições comerciais menos flexíveis.
“Quem fechou negócio nos últimos quatro ou cinco anos conseguiu desconto no valor de aluguel, grande período de carência e subsídio para a obra (allowance). Hoje, os inquilinos não podem mais esperar por isso. O preço vai se adequar à nova realidade do mercado, inclusive na hora da revisão contratual”, alerta.
Dessa forma, a ideia de savings também mudou. Se, antes, o bom negócio era conseguir uma redução no preço, hoje, a economia se tornou a manutenção do preço atual. “O inquilino que mantiver a estabilidade no seu valor de locação já está economizando” avalia a especialista da JLL.