Reportagem

Uso de drone facilita a inspeção de telhado de galpão logístico

JLL administra condomínio logístico que utiliza drone para inspecionar telhados e equipamentos em locais altos.

17 de Julho de 2016

Um dos desafios do gestor de um condomínio logístico é a inspeção periódica do telhado e de equipamentos em locais altos, já que atividades realizadas a uma altura superior a dois metros do piso exigem atenção redobrada, em virtude do risco de queda que pode ter consequências graves ou até fatais. Por isso, a tarefa requer profissionais treinados com atenção à NR 35 (trabalho em altura), uso de vários equipamentos de proteção individual (EPIs), instalação de andaimes ou plataformas elevatórias. Com tudo isso, o risco de acidentes ainda é significativo.

E o que fazer se o condomínio fica nas proximidades de um grande aeroporto, cujo deslocamento de ar provocado pelo trânsito das aeronaves pode danificar o telhado e outros equipamentos?

É o caso do Condomínio Logístico Goodman Caxias, localizado na Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias (RJ). São dois galpões de cerca de 40 mil m2 cada.

“Temos de fazer inspeções periódicas para avaliar a integridade do telhado e de outros equipamentos e sistemas da infraestrutura do empreendimento, que são importantes para o sucesso da operação e a segurança do condomínio”, observa Michael Carvalho, responsável da JLL pelo gerenciamento do empreendimento, que opera desde outubro de 2015.

A equipe da Manter Engenharia, empresa que presta serviços de manutenção ao condomínio, sugeriu a utilização de drones para fazer essas inspeções e fez um estudo sobre os benefícios dessa tecnologia, que permite realizar a tarefa com menor custo, maior segurança e eficiência.

“Estamos fazendo as inspeções visuais do telhado, castelo d’água, luminárias, antenas de telecomunicação, calhas de águas pluviais, transformadores de energia e para-raios com a ajuda de um drone. São locais que ficam situados em pontos elevados, com altura de até 22 metros”, informa Michael.

Cada vez mais popular, drone é um aeromodelo não tripulado e controlado por rádio. O modelo usado no Goodman Caxias é o DJI Advanced, que usa duas baterias, com duração de até uma hora de trabalho contínuo, e pode atingir 150 m de altitude e até 2 km do operador.

O uso do drone obedece a algumas regras de segurança e operação visando a atender à legislação. O equipamento não pode representar risco ao tráfego aéreo nem representar insegurança ao empreendimento e ao seu entorno.

Usando o drone, a inspeção pode ser feita por apenas um profissional. O equipamento permite visualizar as imagens em tempo real e também tirar fotos e filmar em Full HD. A alta qualidade das imagens possibilita que sejam ampliadas para verificar as áreas inspecionadas em detalhes. Dessa forma, planeja-se uma atuação de manutenção corretiva pontualmente, eliminando os riscos nas inspeções com o mantenedor.

Segundo Michael, o drone facilita a execução da inspeção, reduzindo custos ao evitar a locação de plataformas elevatórias, elimina riscos à segurança das pessoas, que não precisam trabalhar em altura, e diminui o tempo para a execução. A inspeção visual convencional de cada telhado de 40 mil m2 levaria cerca de 8 horas. Com a ajuda do drone, que é fácil de operar, o tempo cai para apenas uma hora.

“O ganho de tempo, segurança e a economia são grandes, e podemos fazer a inspeção do telhado e dos demais equipamentos com a periodicidade desejada. A equipe da construtora ou da manutenção atua apenas em manutenções devidamente qualificadas pela análise das imagens pontuadas na inspeção realizada pelo drone”, conclui Michael.

Roberto Di Franco, gerente de propriedades da Goodman (proprietária do condomínio), destaca a importância de medidas que trazem dinamismo e eficiência à operação do condomínio:

“Em uma operação tão apertada em termos de prazos e custos como um condomínio logístico, iniciativas como estas são pontos que nos destacam dentre nossos vários concorrentes”, completa Roberto.