Reportagem

Campanha arrecada 
5 toneladas de lixo eletrônico na pandemia

Equipe da JLL dá dicas de como organizar, com sucesso, uma campanha de arrecadação de eletroeletrônicos e eletrodomésticos que não são mais usados.

15 de Dezembro de 2020

Os prédios corporativos e logísticos podem ser importantes facilitadores para o descarte responsável do chamado lixo eletrônico. Realizar uma campanha periódica para arrecadar esses materiais é uma ação que vai ao encontro das regras de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).

“A preservação ambiental deve ser uma preocupação de todos. Um empreendimento que tem esse tipo de iniciativa tem visibilidade e se diferencia no mercado”, diz o diretor de Gerenciamento de Propriedades da JLL, Fábio Martins.

Ele lembra que, embora este tema esteja avançando no Brasil com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as pessoas ainda têm dificuldade para identificar um local para o descarte que garanta a destinação correta desse material.

Arrecadação recorde na pandemia

A JLL é pioneira no setor de gerenciamento de propriedades quando se trata da realização de campanhas de arrecadação de lixo eletrônico no Brasil. Em 2020, inclusive, o resultado foi recorde. Em 13 edifícios, em São Paulo, os ocupantes e funcionários descartaram mais de 5 toneladas de lixo eletrônico.

Para se ter ideia de como esse número é expressivo, ele é apenas um pouco menor do que o total das campanhas de 2017, 2018 e 2019 juntas, que incluíam todo o portfólio administrado pela JLL. “Acreditamos que foi justamente a pandemia, que obrigou as pessoas passarem mais tempo em casa, a responsável por esse crescimento. As pessoas aproveitaram para descartar itens que não usam mais”, diz Fábio Martins.

Além da campanha de lixo eletrônico, a JLL realiza outras ações de sustentabilidade voltadas à economia de água e preservação ambiental e mantém um grupo de trabalho para temas de sustentabilidade.

“Entendemos a importância da sustentabilidade, que é um dos compromissos da JLL. Buscamos mudanças disruptivas, impactantes e sustentáveis”, afirma Murillo Azevedo, gerente de Planejamento Estratégico da área de Gerenciamento de Propriedades da JLL.

Riscos do lixo eletrônico e benefícios da campanha

“Eletrodomésticos e eletroeletrônicos não devem ser descartados de forma imprudente em qualquer lugar”, alerta Bruno Lasevitch, gerente de propriedades e membro do Grupo Evolução Sustentabilidade da JLL. Computadores e celulares, por exemplo, incluem substâncias químicas poluentes, como chumbo, mercúrio e cádmio. Carregam, ainda, substâncias valiosas, como ouro, paládio, cobre e metais de terras raras.

“Outras partes, como o HD, precisam ser destruídas por questão de segurança da informação”, diz Marcelo Faria, gerente de propriedades e líder do Grupo Evolução Sustentabilidade da JLL. Mesmo os que são feitos só de plástico e metal precisam ter um destino correto. A campanha de arrecadação oferece essa oportunidade.

Veja o passo a passo para organizar uma ação para descarte de lixo eletrônico no seu empreendimento:

  • Identificar empresas ou associações de catadores legalizadas e regularizadas nos órgãos competentes, que apresentem a documentação padrão.
  • Verificar se a empresa emite o Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR), o laudo e o certificado de destinação final para resíduos eletrônicos. Essas são garantias de que a coleta, o transporte e a destinação final dos materiais serão realizados de acordo com as exigências legais.
  • Na proposta comercial, é importante deixar claro que a coleta, o transporte, a reciclagem e a destruição das partes que não podem ser recicladas devem ser feitos sem custo para o empreendimento.
  • Contratado o fornecedor e acertado o período da ação, é hora de planejar a campanha de comunicação, falando para os usuários do empreendimento sobre a oportunidade e os benefícios de descartar corretamente eletrodomésticos e eletroeletrônicos em desuso.
  • No período da campanha, devem ser colocadas caixas coletoras num ambiente com monitoramento contínuo, devido à criticidade do material depositado.
  • À medida que a caixa ficar cheia, é necessário guardar o material num lugar seguro até o fim da campanha.
  • Quando a empresa fizer a retirada, deverá entregar ao empreendimento o MTR, o laudo e o certificado de destinação final de resíduos eletrônicos. 

O que pode, o que não pode

São considerados lixos eletrônicos: aparelhos elétricos, peças de computador, computadores, monitores, notebooks, mouses, reatores, contatores, fios elétricos, celulares (sem bateria), telefones, eletrodomésticos, videogames, teclados, DVDs, videocassetes, rádios, entre outros.

Pilhas e baterias precisam de cuidados adicionais na coleta e no manuseio. Por isso, não devem ser descartados junto com o lixo eletrônico. A recomendação é buscar locais específicos, como lojas de operadoras de celular.

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