Gestão de projetos e obras enfrenta novos desafios na pandemia
Medidas de saúde para evitar a COVID-19 são protagonistas no canteiro de obras.
A construção civil foi considerada uma atividade essencial, e as obras não pararam durante a pandemia de coronavírus. Para garantir a saúde de todos os trabalhadores, foram implementados planos de segurança para COVID-19, com boas práticas para evitar a transmissão da doença.
Preenchimento prévio de formulário de saúde, aferição da temperatura na chegada e na saída, tapete sanitizante, dispenser de álcool em gel em pontos estratégicos, uso obrigatório de máscara, sinalizações indicando o distanciamento e divisão das equipes por turnos para evitar aglomerações foram algumas das medidas adotadas.
“A COVID-19 trouxe um foco maior para a segurança no local de trabalho. A saúde de todos depende das atitudes de cada um, e todos reconhecem e compartilham essa responsabilidade.”
Cada obra tem seu próprio plano de ação elaborado pela construtora, mas a JLL é um exemplo de gerenciadora que disponibiliza um Guia de Boas Práticas na Construção, servindo como referencial e apontam os requerimentos mínimos necessários para que os projetos sejam executados com segurança. Esse guia foi elaborado com o apoio de gestores de obras e sintetiza as boas práticas recomendadas por OMS (Organização Mundial da Saúde), Ministério da Saúde e entidades do setor como Sinduscon (Sindicato da Construção Civil) e Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
As equipes de Gestão de Projetos e Obras da JLL têm a importante missão de assegurar que as medidas estão sendo cumpridas pelos trabalhadores no canteiro de obras. Esse trabalho segue três pilares principais, segundo o diretor Charles Nunes:
1. Cuidado com as pessoas
Todas as obras foram paralisadas em algum momento, ainda que parcialmente, para a implementação das medidas de prevenção à COVID-19 recomendadas pelos órgãos competentes e seguindo as regulações federais, estaduais e municipais.
Além das medidas já citadas, há outras, como acionamento de torneiras e bebedouros por pedal para diminuir o contato com as superfícies, kits individuais de ferramentas para evitar o compartilhamento, controle do fluxo de pessoas nos banheiros e restaurantes.
“Por ser uma empresa global, a JLL é capaz de antecipar e minimizar os riscos para seus clientes e pode indicar as melhores práticas adotadas internacionalmente”, destaca Nunes.
Pedais para acionar torneiras ajudam no cuidado com as pessoas
2. Engajamento dos parceiros
Transparência e boa comunicação são essenciais em momentos críticos como esse. Dessa forma, os clientes entendem a importância das medidas de segurança e estão sempre informados sobre possíveis impactos nos projetos.
“A gestão de obras tem mais desafios na pandemia. Novos protocolos de higiene trazem aumento de custos e ações como escalonamento das equipes para evitar aglomerações afetam a produtividade e o prazo”, exemplifica o diretor de Projetos e Obras da JLL.
3. Reforço constante das medidas de segurança
As normas de segurança do trabalho na construção civil são avançadas, mas ganharam reforço na área da saúde com as medidas de prevenção ao novo coronavírus. Agora, práticas como o DDS (Diálogo Diário de Segurança) ganharam nova importância, na medida em que se tornaram ferramentas para comunicar a necessidade dos hábitos de higiene, distanciamento e uso da máscara.
“O setor da construção civil tem se profissionalizado e, diferentemente do que vemos em outras áreas, os trabalhadores seguem as normas se elas são comunicadas de maneira clara e frequente. A relevância da saúde no local de trabalho ficou evidente e tornou-se uma questão estratégica. Nosso objetivo é compartilhar boas práticas para contribuir com a evolução da cadeia”, diz Nunes.
O que acontece se alguém é infectado?
Com mais de 200 mil m² de projetos e obras sob sua gestão atualmente, totalizando quase R$ 1 bilhão em investimentos, a área de Projetos e Obras da JLL Brasil já teve que lidar com casos de trabalhadores com COVID-19. Quando isso acontece, o procedimento adotado é o indicado pela OMS: a pessoa infectada é imediatamente isolada e passa a receber cuidados médicos. Quem teve contato direto com o doente ou apresentou sintomas vai para quarentena. Além disso, todos os trabalhadores do local são testados e só aqueles que tiverem resultados negativos continuam trabalhando.