Reportagem

Água parada nas tubulações pode causar corrosão e prejuízos; saiba como evitar

Pausa das operações por causa da pandemia de COVID-19 amplia riscos, mas consultoria pode contribuir com a manutenção adequada.

15 de Junho de 2020

A quarentena imposta pelo novo coronavírus fez com que muitos edifícios comerciais reduzissem suas operações, aumentando o risco de corrosão por pites. Isso acontece quando a água fica muito tempo parada nas tubulações e sem receber o tratamento químico adequado. Trata-se de uma corrosão galvânica, acarretando uma perfuração na tubulação, em função dos componentes dissolvidos na água, principalmente cloretos, que entram em reação e “atacam” a superfície do metal. Com o tempo e com a constante pressão do líquido, esses orifícios vão aumentando de diâmetro até causar vazamento.

“Os vazamentos surgidos a partir da corrosão por pites podem causar danos ao forro dos escritórios, a materiais, equipamentos e documentos depositados sob ele e, em casos extremos, até à estrutura do edifício”, alerta Evaldo Pisani, gerente técnico da área de Gerenciamento de Propriedades da JLL.

A corrosão por pite pode ocorrer em qualquer tubulação com água parada, por isso, tem maior incidência em sistemas de água potável e anti-incêndio (sprinklers) em cobre, mas também pode afetar a tubulação do sistema de água do ar-condicionado. Apesar de causar grandes transtornos - em alguns casos é necessário a substituição de toda a tubulação -, é um problema de solução relativamente fácil, porém custosa, segundo Pisani.  

Como evitar a corrosão por pites

A maneira mais eficiente de evitar a corrosão por pite é realizando um procedimento chamado passivação, que consiste na aplicação de produtos químicos que formam uma camada protetora na parte interna da tubulação.

“O ideal é que a passivação seja feita logo após a montagem da tubulação, no início da operação do edifício, mas raramente isso acontece”, afirma Pisani. O procedimento também pode ser feito com o prédio já em operação, mas é mais trabalhoso, pois envolve o uso de bombas para movimentar a água e a substituição do líquido, consumindo mais recursos.

Mesmo com a passivação em dia, é necessário movimentar a água e monitorar sua qualidade regularmente, analisando aspectos como cloração e PH, entre outros. 

Consultoria especializada é aliada nas operações

Para diminuir o risco de ocorrência deste e de outros problemas, a JLL oferece a seus clientes a Consultoria Operacional, que analisa todos os aspectos operacionais do empreendimento ainda na fase de projeto, para garantir o gerenciamento mais eficiente da operação. 

Neste período de planejamento das ações de reentrada nos edifícios, contar com a ajuda de um parceiro especializado é fundamental para garantir não só a eficiência, mas também a segurança e a saúde de todos os frequentadores. No caso das tubulações de água, o ideal é realizar os testes com antecedência, de acordo com o especialista da JLL.

“Dessa forma, dá tempo de corrigir eventuais problemas, adicionando produtos químicos à água, fazendo o líquido circular e, assim, criar uma película protetora interna na tubulação. Isso leva dias, mas traz resultados positivos. As análises devem atingir os parâmetros necessários para uma boa operação”, conclui Pisani.

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