Reportagem

Espaços flexíveis crescem na pandemia como solução inteligente para ocupantes e proprietários

Flexibilidade vira palavra-chave para os negócios em momento de tantas incertezas.

09 de Novembro de 2020

A pandemia de COVID-19 está obrigando as empresas a repensar a função dos escritórios, tanto pela adoção do trabalho remoto quanto pela pressão financeira em seus caixas. Assim, o mercado imobiliário corporativo se transforma, e os espaços flexíveis surgem como alternativa para atender às novas necessidades.

Como o próprio nome sugere, são espaços que podem ser ocupados de acordo com a necessidade. Em uma empresa com escritório próprio, isso significa não existirem lugares pré-determinados para os funcionários, que podem trabalhar nas áreas que acharem mais convenientes. Mas flex space também pode se referir ao modelo de coworking, em que as empresas ocupam um espaço administrado por terceiros e pagam pelo que usam. 

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“Os flex spaces acompanham as mudanças nas relações de trabalho. Hoje, um colaborador pode estar no escritório trabalhando com uma equipe específica em determinado projeto. Na semana que vem, ele pode estar em outro lugar, com outra equipe, em outro projeto. O escritório flexível acompanha a lógica dessa mobilidade”, explica o diretor de IPS (Integrated Portfolio Services) da JLL, Roberto Patiño.

Atualmente, apenas 5% dos espaços corporativos são flexíveis, segundo estimativas globais da JLL. Mas a adoção deste modelo vem crescendo, também impulsionada pela pandemia, e a expectativa é de que esse número chegue a 30% até 2030. 

Flex spaces otimizam os recursos

A principal razão pela qual as empresas adotam espaços flexíveis é a capacidade de reduzir ou expandir seu portfólio rapidamente. Porém, há outras vantagens: poder contar com diversidade de espaços e mobiliário, que agradam a funcionários de diferentes perfis e faixas etárias, além de ter tecnologia de ponta e redução de custos, no caso de divisão do espaço de terceiros com outras organizações.

Para os proprietários dos imóveis, essa é uma oportunidade de negócio, aponta Patiño. “Em vez de ficar com o espaço ocioso em busca de um único ocupante de longo prazo, por que não investir um pouco mais, montar um escritório flexível com serviços e cobrar mais por isso?”, indica.

Pode até parecer simples, mas o executivo alerta que se trata de uma operação complexa. A JLL oferece consultoria para análise de viabilidade para a implementação de flex spaces e ainda pode ser a parceira especializada para fazer a gestão do espaço.

“Neste cenário de incertezas, cada vez menos as empresas vão querer assumir compromissos de longo prazo. A flexibilidade é uma forte tendência para o futuro do mercado imobiliário, tanto na forma de ocupação quanto nos contratos”, avalia o diretor da JLL. 

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