Conheça as principais macrotendências que vão moldar o futuro dos escritórios
Especialistas da JLL apontam os caminhos da transformação e futurista indica como se preparar para o que está por vir.
- Agência Tecere
Com a pandemia de COVID-19, a adoção em massa do trabalho remoto como medida preventiva no último ano e, até agora, sem perspectiva de retorno ao trabalho presencial como era antes, muitas empresas passaram a refletir sobre o futuro dos seus espaços de trabalho. Muitas dúvidas surgiram em relação à necessidade de manter um escritório, que tamanho ele deve ter, quais colaboradores devem frequentá-lo e como ele deve ser adaptado para a reentrada, considerando o cenário atual de medidas sanitárias que vieram para ficar.
Por sua expertise global no mercado imobiliário corporativo, a JLL passou a ser muito procurada para auxiliar seus clientes nesse processo. As respostas para essas perguntas variam caso a caso, mas algumas macrotendências ajudam a antever o que podemos esperar para o futuro dos escritórios. Conheça algumas delas, apontadas por especialistas da JLL, e dicas para se preparar para o futuro com Luiz Candreva, futurista e head de Inovação da Ayoo.
Tendências para o futuro do trabalho e dos escritórios
Primeiro evento celebrando nossos 25 anos reuniu a jornalista Débora Freitas, Washington Botelho, presidente da nossa Divisão de Corporate Solutions LatAm, e Luiz Candreva, head de Inovação da Ayoo.
1.Geração Z
O crescimento da geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010), nativa digital, vai orientar muitas transformações sociais, econômicas e políticas, pois ela possui conceitos de vida, trabalho, aprendizado e crescimento diferentes de outras gerações, o que vai demandar o redesenho dos escritórios.
“Nos próximos anos, veremos uma mudança considerável na população por causa da geração Z, que deve chegar a algo em torno de 1,8 bilhão de pessoas. Elas vão dominar os ambientes de trabalho e, como são altamente conectadas, demandam um novo olhar para o mercado imobiliário. O espaço corporativo passará a ser um local de socialização, já que as entregas profissionais estão sendo feitas de outra forma, remotamente. Outra função será para atração e retenção de talentos. Em suma, as empresas têm o desafio de casar o DNA da organização com os objetivos pessoais dessa geração”, avalia Washington Botelho, presidente da divisão de Corporate Solutions da JLL para América Latina.
2.Trabalho híbrido
Segundo Roberta Hodara, especialista em Workplace e Change Management da JLL, pesquisas com clientes apontam que mais da metade das pessoas esperam a liberdade proporcionada pelo modelo híbrido, que alterna dias de trabalho remoto com o presencial.
“O relacionamento entre equipes e gestores precisa ser modificado junto com essa nova jornada”, diz.
Alessandra Arnone, diretora da Tétris, já nota algumas mudanças nos projetos corporativos a partir dessa nova visão. “A procura agora tem sido por mais conforto, bem-estar e aspectos de sustentabilidade impressos no desenho do espaço de trabalho, muito por causa da vivência do home office durante a pandemia. Essa forma de trabalho híbrido vai requerer o uso de novas tecnologias e a flexibilização dos espaços. Isso significa que estamos deixando para trás a maioria dos escritórios com 40% ou 50% do seu espaço dedicados ao trabalho individual e passando para a valorização dos espaços coletivos. Neste momento, temos feito isso substituindo os postos fixos por um mobiliário mais solto, com divisórias móveis, que permitem adequar o local de maneira rápida e sem grandes investimentos”, explica.
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3.Transformação digital
O novo mundo híbrido vai inserir cada vez mais tecnologia no nosso dia a dia, como já vem acontecendo. Os smart buildings estão se tornando uma realidade, com automação, sensores, biometria, inteligência artificial e touchless em evidência. No longo prazo, o céu é o limite para imaginar as transformações que virão.
“Se considerarmos que o 5G é capaz de aumentar em até 100 vezes a velocidade de conexão, sensores de alta precisão ou computação quântica serão parte de uma nova estrutura que multiplica o potencial humano. Mudanças exponenciais vão estar no dia a dia das nossas vidas, mudando radicalmente as formas com que nos organizamos, produzimos e geramos valor”, analisa Botelho.
4.ESG
As mudanças climáticas e suas consequências extremas, como o aumento do nível do mar em regiões costeiras, também serão grandes forças de transformação nos próximos anos.
“Os escritórios são grandes emissores de gases do efeito estufa, e a convergência com ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa) é fundamental para investidores e ocupantes. Ter a sustentabilidade como pilar é uma questão estratégica e de competitividade. As novas gerações estão muito mais atentas a isso e mudam sua forma de consumir a partir desses valores”, pontua Botelho.
Como se preparar para o futuro?
O futurista Luiz Candreva, head de inovação da Ayoo, explica que futuros chegam de maneira heterogênea, ou seja, as mudanças não ocorrem ao mesmo tempo para todas as pessoas, mas, na atual conjuntura, com a pandemia sendo um grande catalisador das transformações, muitas tendências são aceleradas. “O grande desafio daqui para frente será incluir o máximo de pessoas”, afirma.
Ele diz que estar aberto às incertezas do mundo contemporâneo proporciona velocidade maior nas inovações. “É necessário capacitar as pessoas para o futuro, para que se libertem das amarras do passado. Abraçar o amanhã nos permite ver as mudanças como libertadoras. O futuro é de incertezas e vai ganhar quem incutir o caos no seu mercado e no seu segmento para favorecer a disrupção. Que sejamos todos gestores do caos, quem conseguir isso terá lugar no futuro”, indica.
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