Reportagem

Mercado de galpões inicia 2022 aquecido e com reposicionamento da indústria

Setor comemora alta na absorção de áreas e previsão é da maior entrega de novo estoque dos últimos 10 anos.

14 de Fevereiro de 2022
Autores:
  • Agência Tecere

A indefinição política em anos eleitorais costuma afetar os investimentos. Mas, se nem a pandemia que parou o mundo desacelerou o mercado de galpões industriais e logísticos em 2020 e 2021, não devem ser as eleições a conseguir este feito. 

“As empresas trabalham com planejamento de longo prazo, elas não esquecem que, depois de 2022, vem 2023. Existe vida e consumo para além das eleições”, diz André Romano, gerente da Divisão Industrial e Logística da JLL.

Nesse sentido, o mercado segue movimentado. Em São Paulo e regiões próximas à capital, como Cajamar, Barueri e Guarulhos, há situações de empresas disputando bons imóveis. Por conta disso, estão sendo comuns os contratos de pré-locação para lançamentos, o que é favorável tanto para o proprietário, que já inaugura o espaço locado e pode escolher a proposta mais consistente, quanto para o ocupante, que compete com menos concorrentes.

Para as empresas que estão buscando áreas para suas operações, contar com uma consultoria especializada é fundamental neste cenário, pois a experiência e o know-how permitem antecipar movimentos de mercado e possibilita boas negociações. 

Indústria interioriza a demanda

Enquanto 2020 foi o ano do crescimento do e-commerce, que aqueceu o mercado de galpões próximos aos grandes centros urbanos e consolidou esta demanda, em 2021 observou-se o início da movimentação da indústria, segundo o executivo da JLL. 

“A indústria tende a se instalar onde há mais benefícios fiscais, é um direcionamento diferente dos segmentos logístico e de e-commerce. O setor industrial não precisa estar perto de São Paulo, que costuma ser caro e sofre pressão sobre os preços, mesmo em polos industriais já consolidados, como na região de Campinas. Isso motiva a indústria a se movimentar para o interior do Estado e do país como um todo, por exemplo, em Minas Gerais, Manaus”, analisa Romano.

Ele diz, inclusive, que a demanda por galpões vem de todo o tipo de Indústria – de base, de bens de consumo duráveis e não duráveis, farmacêuticas etc. – e deve permanecer em 2022. 

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Expectativas para 2022

O novo ano começou no mesmo ritmo do anterior, ou seja, aquecido. De acordo com o especialista, a expectativa é de uma acomodação da demanda no segundo semestre por conta da entrega de novo estoque, que deve chegar a 2,2 milhões de m². 

O número é praticamente igual ao que foi absorvido em 2021, um ano acima da média para o mercado, portanto, é uma entrada expressiva de novos produtos. Diante disso, Romano explica que há diferentes previsões para este ano.

“Uma corrente de pensamento mais positiva acredita na absorção contínua motivada pela penetração cada vez maior do e-commerce. Outra, mais negativa, acredita que pode haver uma superoferta com essa entrega de novo estoque, que pode ser a maior dos últimos 10 anos, se for concretizada. Nossa projeção, na JLL, vai ao encontro da corrente mais positiva, ou seja, de um ano bom para o mercado de galpões de alto padrão, talvez com crescimento em ritmo menor no segundo semestre”, avalia Romano.

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