Reportagem

Como a tecnologia vai impactar a relação das pessoas com os espaços

Metaverso, big data e experiência do usuário são assuntos em alta no mercado imobiliário.

28 de Dezembro de 2022
Autores:
  • Agência Tecere

Nos últimos 25 anos, a JLL Brasil testemunhou inúmeras transformações no jeito de trabalhar, muitas delas impulsionadas pela tecnologia. As inovações trazem mudanças no relacionamento entre as pessoas e também na relação delas com os espaços que frequentam. A pandemia acelerou a digitalização em todos os setores, com avanços que eram esperados nos próximos anos acontecendo em poucos meses. Mas tudo o que foi visto até agora é apenas a ponta do iceberg, considerando o que ainda pode se transformar daqui para a frente.

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O anúncio recente de Mark Zuckerberg de que a empresa Facebook agora se chama Meta fez todo mundo descobrir o metaverso, um tipo de mundo virtual compartilhado que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais e recursos como realidade aumentada.

Por enquanto, a principal porta de entrada para o metaverso são os games, mas, em um futuro não tão distante, ele fará parte do nosso dia a dia. Muitos sinais apontam nesta direção, inclusive o fato de que terrenos já são vendidos no metaverso por milhões de dólares.

“A conexão 5G vai possibilitar a troca de informações de forma muito mais rápida, em uma velocidade que não temos hoje. É o que vai permitir que esses mundos 3D sejam construídos. Quando essa tecnologia se massificar, vamos experimentar a internet com o corpo todo, e não só com a visão e a audição”, afirma a pesquisadora e pensadora de futuro Ligia Zotini, fundadora do Voicers, um ecossistema digital de educação que busca democratizar o acesso às tecnologias e tendências futuras.

Dados transformam a experiência

Enquanto os programadores se dedicam à construção do metaverso, no mundo físico a preocupação é melhorar a experiência das pessoas nos espaços, conforme explica Vinicius Santos, gerente de Tecnologia na JLL Technologies (conteúdo em inglês). 

“Uma boa experiência envolve biometria para identificação, sensorização e análise de dados de utilities, como consumo de água e energia, e monitoramento da qualidade do ar para que as ações de correção sejam atendidas com o mínimo possível de input humano. A ideia é ter condições de saber o que o usuário quer antes de ele ter que reclamar”, explica Vinícius.

Mais do que um diferencial, a tecnologia passa a ser um requisito para as empresas que querem permanecer relevantes no futuro. Nesse sentido, as inovações tecnológicas são importantes aliadas de estratégias de ESG (sigla em inglês para questões de meio ambiente, sociais e de governança corporativa).

“Para ser sustentável, é necessário pensar na interação das edificações com as cidades, ou seja, na emissão de carbono e no consumo de recursos do planeta. É preciso entender o cenário atual antes de estabelecer metas de redução de impactos e fazer o monitoramento para acompanhar o resultado das ações. No nosso portfólio, temos softwares que mapeiam e organizam o histórico de consumo e traçam projeções para ajudar no controle de emissões”, exemplifica o especialista da JLL. 

Tecnologia é o meio, não o fim

Apesar de todos os avanços e da presença cada vez maior da tecnologia na vida das pessoas, a pesquisadora e pensadora de futuro aponta para uma tendência de retorno ao natural. Essa visão faz parte, inclusive, do conceito das smart cities, de acordo com Ligia.

“A revolução industrial que nos trouxe até aqui não é mais uma resposta. Aquele paradigma que pregava consumismo e altos níveis de industrialização já não se aplica. Todo o movimento que as empresas e as pessoas fizerem no futuro será em busca de um retorno ao natural. Como iluminar o ambiente com menos fios e mais luz natural? Como resgatar o entorno de onde só se tem concreto, seja para melhorar a temperatura ou para neutralizar a emissão de carbono? Essa tendência já ficou clara durante a pandemia, com muitas pessoas indo habitar os interiores do país”, explica.

No entanto, em meio ao crescimento da digitalização, uma preocupação constante é com a privacidade relacionada aos dados que são coletados pelos dispositivos eletrônicos. A resposta veio com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrou em vigor em agosto de 2021, segundo Vinícius Santos.

“Eu gosto muito da LGPD e da sua intenção. Ela obriga a ter bem claros os termos e as regras do jogo. Antes, a gente iniciava um relacionamento com uma marca e não fazia ideia de como os dados seriam tratados. Hoje, a clareza nessas informações é exigida por lei, que também deixa claro que nós somos os proprietários dos dados”, conclui. 

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