Tecnologia é diferencial na reocupação de empreendimentos corporativos
Seja para atrair e reter locatários ou para melhorar a experiência dos usuários, digitalização dos espaços ganha destaque no direcionamento de investimentos.
A pandemia pode estar arrefecendo, mas o mercado imobiliário segue lidando com seus impactos. Os proprietários de espaços corporativos ainda se preocupam em atrair e reter locatários, ao passo que as empresas ocupantes buscam meios de tornar o retorno ao trabalho presencial mais atraente para seus colaboradores. Nesse cenário, a tecnologia ganha destaque nos empreendimentos comerciais, pois desempenha papel importante na experiência dos usuários.
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O incremento de tecnologia era uma tendência que já se apresentava antes da pandemia, mas foi potencializada a partir de então, como explica Vinicius Santos, gerente de Tecnologia da JLL Technologies. “Os últimos dois anos forçaram as empresas a acelerar suas estratégias de digitalização, colocando em prática o que estava previsto para um prazo de cinco anos. A forma de trabalhar mudou e os investimentos foram direcionados para isso.”
O crescimento do número de proptechs, como são chamadas as startups do mercado imobiliário, é um termômetro do aquecimento desse segmento. Segundo o Mapa de Construtechs e Proptechs Brasil 2021, da ACE e Terracotta Ventures, o número dessas empresas no Brasil aumentou 235% em cinco anos. De 2020 para 2021, o crescimento foi de 19,6%, passando de 702 para 839 startups.
No entanto, este ecossistema de inovação um tanto pulverizado não facilita a adoção de tecnologias integradas e centradas nas pessoas. “Este é o diferencial que a JLL agrega com seu vasto conhecimento do mercado imobiliário nacional e internacional. Nosso papel é transformar essa complexidade de sistemas de proptechs em algo que faça sentido no contexto corporativo”, pontua Santos.
Principais soluções da tecnologia para o ambiente de trabalho
Considerando o momento atual, de preferência pelo trabalho híbrido, a tecnologia para espaços corporativos tem três aplicações principais, segundo o especialista da JLL. São elas:
1. Planejamento: é necessário entender como os ambientes estão sendo utilizados. Tecnologias de sensorização para mapear a ocupação permitem otimizar e remodelar áreas com mais assertividade.
2. Experiência do usuário: no modelo de trabalho híbrido, as pessoas vão para o escritório para atividades de colaboração e integração. Muitas empresas estão optando por espaços compartilhados e multiuso, que necessitam de reserva. É necessário proporcionar uma experiência fluida para o colaborador, com facilidades como aplicativos para reserva e sincronização de agendas dos usuários, para saberem quando estarão no mesmo local, por exemplo
3. Conforto e sustentabilidade: a vivência do trabalho remoto faz com que os escritórios tenham o desafio de superar o conforto de casa. Nesse sentido, tecnologias que aumentam o bem-estar no local de trabalho, como as que ajudam a manter a temperatura agradável, ganham destaque. Ainda há a vantagem de proporcionar economia de recursos dessa forma, uma vez que a eficiência dos sistemas aumenta.
Sobre o último ponto, Santos diz que, no Brasil, a adoção dessas tecnologias ainda é incipiente, mas o mercado internacional mostra uma tendência que vem para ficar. “Apesar disso, a maturidade do mercado melhorou nos últimos três anos. Antes, nós tínhamos que explicar por que a tecnologia é útil. Agora, os proprietários e usuários já solicitam; eles identificam a necessidade”, conta.
O futuro é inteligente
Por acreditar que o futuro é inteligente, a JLL Technologies, vertical de negócios da JLL criada para ampliar a implantação de tecnologias nos espaços corporativos, trabalha com o conceito de inovação aberta.
“Incentivamos parceiros e startups a evoluir os seus produtos e a integrá-los à nossa plataforma. Queremos promover esse futuro inteligente, com smart buildings, e dar condições aos investidores de realizar previsões e tomar decisões com base em dados”, conclui Vinícius Santos.
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