Três maneiras que explicam como a limpeza no local de trabalho está se aprimorando
Das baixas especificações à alta tecnologia, a limpeza de escritórios está se adaptando a um espaço em constante mudança.
Com cada vez mais pessoas de volta aos edifícios corporativos e, consequentemente, aos escritórios, a limpeza segue como uma das principais prioridades das empresas e dos colaboradores no trabalho presencial. Embora algumas das rotinas mais rigorosas tenham se dissipado gradualmente nos últimos meses, muitas mudanças implementadas durante a pandemia permaneceram e provavelmente se tornarão um padrão nos espaços.
“As pessoas costumavam ter expectativas bastante básicas de limpeza, como 'minha lixeira foi esvaziada ou o sabão foi reabastecido?'”, explica Peter Whyte, diretor de Soft Services da JLL. “Agora, no entanto, os regimes de limpeza aprimorados desempenham um papel vital na confiança da força de trabalho e continuam em destaque mesmo passada a fase mais crítica da pandemia.”
Em uma pesquisa recente, 75% dos executivos de empresas com sede em Nova York citaram a limpeza do escritório como o fator mais importante para determinar a vontade de retorno da equipe, de acordo com a Cleaning Coalition of America.
Suas preocupações são válidas. Após períodos prolongados de isolamento, a resistência das pessoas a infecções comuns diminuiu. Segundo a Reckitt Benckiser Professional, 30% dos trabalhadores dos Estados Unidos estão mais preocupados em pegar uma gripe no trabalho do que antes. Então, como a limpeza está se aprimorando para atender as demandas do local de trabalho de hoje?
Limpeza deixou de ser um segredo
Uma das principais mudanças está na escala da manutenção e da limpeza, que deixou de ser um negócio limitado das 9h às 17h. “Com a saúde e o bem-estar em primeiro lugar, os funcionários querem a tranquilidade de ver superfícies limpas ao longo do dia”, comenta Whyte.
Isso não beneficia apenas quem trabalha com a limpeza, permitindo que as empresas ofereçam aos trabalhadores contratos melhores e mais longos com menos horas anti-sociais, mas também tem um efeito positivo no comportamento de higiene do escritório.
“É como uma criança que tem mais probabilidade de guardar os sapatos quando a mãe está por perto”, diz Whyte. “Os funcionários se tornam mais atenciosos quando podem ver as pessoas que vão limpar depois deles.”
Existem também claros benefícios relacionados a sustentabilidade. Oferecer mais atividades de limpeza durante o horário normal de trabalho significa que as empresas evitam ter que acender as luzes em prédios praticamente vazios.
Tecnologia para o trabalho flexível
À medida que o trabalho híbrido evolui, a limpeza está melhorando sua condição com a adoção de tecnologia inteligente e a Internet das Coisas (IoT). “Não é mais lógico ou econômico manter regimes de limpeza fixos, dada a forma como a ocupação está flutuando”, explica Whyte.
As listas de verificação em papel estão sendo rapidamente substituídas por limpeza dinâmica orientada por dados, alimentada por sensores e painéis que fazem tudo, desde medir o sentimento de satisfação do cliente até a qualidade do ar e identificar o uso da mesa. Esses pontos de dados sempre ativos significam que os serviços de limpeza podem ser conduzidos pelo uso em tempo real, em vez de programações predefinidas.
A equipe de zeladoria agora concentra sua atenção onde agrega mais valor, ao mesmo tempo em que reconhece os melhores momentos para reabastecer os consumíveis. E evitando o desperdício de esforço, libera tempo que pode ser dedicado a tarefas de limpeza periódicas mais longas, economizando em custos adicionais.
“Os dados ainda ajudam a identificar tendências que informam o design do escritório futuro, como se suas salas de reunião para seis pessoas geralmente são ocupadas apenas por duas pessoas”, diz Whyte.
Embora os robôs de limpeza possam parecer absurdos, em breve você poderá compartilhar uma carona com um, de acordo com Whyte, que testará um robô aspirador capaz de usar elevadores para viajar entre diferentes andares. A pesquisa Future of Work (conteúdo em inglês), da JLL, descobriu que 51% das organizações planejam começar a usar robôs industriais para limpeza, manutenção ou segurança até 2025.
Padrões cada vez mais altos
Um impulso para treinamento e credenciamentos reconhecidos é outro resultado da mudança de atitude. Organizações como o British Institute of Cleaning Science (BICSc) e a ISSA têm como objetivo garantir a consistência global nos níveis de limpeza em todo o setor. E com os aplicativos de smartphone abrindo caminho, os agentes de limpeza dispersos agora têm melhor acesso a comunicações, treinamento e atualizações contínuas.
“Também evitamos purificadores de ar movidos a bateria ou elétricos e entregas desnecessárias no local. Até a forma como adquirimos produtos e serviços de limpeza foi reformulada”, diz Whyte. “Nosso objetivo é obter fontes de uma cadeia de suprimentos mais diversificada que englobe empresas femininas, minoritárias ou LGBTQI+”.
Em recessões anteriores, a limpeza provou ser um alvo fácil para cortes, mas Whyte espera que desta vez o setor possa se mostrar mais resiliente. “Mais do que nunca, as organizações estão cientes da contribuição crítica que a limpeza do local de trabalho traz para a eficiência, sustentabilidade e, mais importante, saúde e bem-estar no local de trabalho.”
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