Opinião

Água e energia em prédios comerciais: esforço constante para o uso racional

Um fator primordial para que todas essas ações levem aos resultados desejados é o engajamento tanto de ocupantes quanto de proprietários e funcionários envolvidos na operação.

25 de Março de 2014

Neste ano, a cidade de São Paulo tem sofrido com a diminuição drástica dos níveis de armazenamento do Sistema Cantareira, que atinge níveis negativos históricos. O sistema abastece 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, e é sabido o impacto que a situação tem causado.

Portanto, o Dia Mundial da Água, que se comemorou no sábado, é uma data para repensarmos nossos esforços para a utilização racional deste recurso finito. A data de 22 de março foi designada pela Assembleia das Nações Unidas, em 1993, em resposta à recomendação da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) para que houvesse um dia especial para ressaltar a importância da água internacionalmente.

A cada ano, o Dia Mundial da Água destaca um aspecto da água doce como tema. Em 2014, a interligação entre água e energia foi o foco: o que faremos em 2014 e nos próximos anos para promover práticas sustentáveis em relação à água e energia?

Prédios comerciais: racionalização de recursos já é realidade amadurecida

Prédios comerciais são grandes consumidores de água e de energia elétrica. Os gastos com ambos representam cerca de 20% de seu custo operacional e, portanto, reduzir o consumo e promover o uso racional dos recursos durante toda a vida útil do empreendimento é um dos objetivos dos profissionais responsáveis pelo gerenciamento da propriedade.

Os novos edifícios corporativos chegam ao mercado incorporando práticas para uso racional de recursos, uma vez que muitos deles já iniciam a operação com certificação de edifícios verdes. Mesmo para as construções que não optam pela certificação formal, a racionalização do uso da água e da energia elétrica é uma realidade já plenamente amadurecida e incorporada tanto pela tecnologia construtiva e de operação, quanto pela própria cultura de proprietários, ocupantes e gestores.

Em edifícios existentes, é possível realizar análises sobre o potencial de redução de consumo de água e de energia e desenvolver um planejamento de ações para se atingir esse objetivo, que envolve desde renovações de instalações existentes e implementação de novos sistemas até a simples adoção de mudanças nas rotinas de operação e de manutenção do empreendimento, sem prejuízo aos ocupantes nem à qualidade dos serviços.

Um fator primordial para que todas essas ações levem aos resultados desejados é o engajamento tanto de ocupantes quanto de proprietários e funcionários envolvidos na operação. Em todas as ações colocadas em prática nos edifícios gerenciados pela JLL estão previstas campanhas constantes de conscientização de usuários de modo a conectá-los às estratégias para utilização racional de água e de energia, além de reforçar sua participação para atingir as metas propostas.

Não podemos nos esquecer de que os prédios devem atender pessoas e empresas por décadas e, portanto, zelar pelo bom uso dos recursos é um trabalho contínuo durante toda a vida útil do empreendimento. E nossa atuação como gestores de uma propriedade nos imprime a responsabilidade de engajar toda a cadeia envolvida no cotidiano da operação, além de reforçar nosso papel como difusores de conhecimento e boas práticas, ampliando o impacto das ações e práticas adotadas em cada edifício.