Reportagem

Fatores imobiliários para considerar no orçamento da sua empresa para 2022

Yara Matsuyama, diretora de Locação na Divisão de Escritórios da JLL, dá dicas para otimizar custos com real estate no planejamento financeiro.

23 de Novembro de 2021
Autores:
  • Agência Tecere

Com o avanço do último trimestre do ano, as empresas iniciam seu planejamento para 2022. Após mais de um ano e meio de pandemia, passada a fase mais crítica e com alguma estabilidade alcançada graças à vacinação, é possível fazer planos novamente para uma retomada. É hora de colocar no papel os projetos e o orçamento para executá-los no próximo ano. 

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Tempo é dinheiro!

Com o avanço da vacinação, a retomada do mercado de escritórios é questão de tempo. E, se tempo é dinheiro, chegou a hora de agir para a sua empresa não ficar para trás.

Sendo os custos imobiliários um dos maiores gastos das empresas, é importante levar em conta alguns fatores que podem impactá-los. Para ajudar nesse planejamento, Yara Matsuyama, diretora de Locação para a Divisão de Escritórios da JLL, elenca quatro fatores principais para ter em mente na hora de realizar o planejamento financeiro para o ano fiscal. 

1. Análise de ocupação

Devido à crise que se instalou durante a pandemia, muitas empresas, a essa altura, já fizeram análises de ocupação para avaliar se a área que ocupam é adequada, o que gerou uma onda de devoluções, principalmente entre o fim de 2020 e o início de 2021, perdendo força no segundo trimestre deste ano.

“As empresas que ainda não fizeram essa análise de ocupação ou, mesmo que tenham feito, mas tomaram novas decisões, como a adoção do trabalho híbrido, precisam ajustar sua metragem”, indica Yara.  

2. Alta do IGP-M

O índice, que é tradicionalmente usado como referência para reajustes nos contratos de locação, disparou nos últimos meses. Em maio, atingiu seu recorde, acumulando 37,04% de alta nos 12 meses anteriores. Isso fez com que os inquilinos procurassem os proprietários em busca de negociações como a substituição do índice ou a estipulação de um cap (teto).   

“Se a negociação foi pontual e não se estendeu aos próximos reajustes, é possível tentar uma nova negociação, pois o IGP-M continua fora da normalidade, distante dos 6% a 10%, que são o usual. Existe uma expectativa de melhora, mas não é possível saber quando retornará aos padrões de mercado”, avalia a diretora da JLL. 

3. Análise mercadológica

É a avaliação da situação da região em que se está instalado, considerando demanda, vacância, previsão de novo estoque e assim por diante. Esses fatores compõem o preço e determinam maior ou menor flexibilidade dos proprietários nas negociações.

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“A região da Faria Lima, em São Paulo, por exemplo, costuma ser disputada e, mesmo agora, está com o estoque diminuindo. Apesar de haver novos prédios, essas áreas estão sendo absorvidas, o que impacta o preço e a pré-disposição dos proprietários para negociar”, comenta a executiva.

4. Análise de datas críticas do contrato

São consideradas datas críticas as janelas revisionais, a cada três anos de aniversário do contrato, e o vencimento, ou seja, situações em que se abre espaço para negociação de valores. Nessas ocasiões, segundo Yara, é o momento de colocar tudo na ponta do lápis, como a disparada do IGP-M e a análise mercadológica, para pleitear benefícios junto ao proprietário.

“Nada impede o locatário de chamar o proprietário para uma conversa fora das datas críticas, mas é nelas que a negociação está legitimada”, indica a diretora da JLL. 

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