Reportagem

Renegociação do contrato imobiliário é alternativa para empresas que buscam eficiência financeira

Análise de ocupação volta à cena com perspectiva de retorno ao trabalho presencial.

21 de Julho de 2021

Com o avanço da vacinação e finalmente alguma previsão de retomada concreta das atividades presenciais, muitas empresas estão voltando a fazer análises de ocupação para entender se os seus espaços estão de acordo com a necessidade para a volta do trabalho no escritório. E, em uma economia ainda em recuperação, o equilíbrio financeiro também é uma preocupação. Assim, entram no radar das empresas oportunidades de renegociação de contrato ou opções para mudança de endereço, sem deixar de lado o investimento em um layout que contemple o trabalho híbrido, segundo Rafael Calvo, diretor da Divisão de Escritórios da JLL. 

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“Com a consolidação da preferência pelo formato híbrido, que alterna dias de trabalho presencial com o remoto, muitos ocupantes já iniciam estudos para reinvenção de seus espaços. O layout dos escritórios deve mudar para espaços mais dinâmicos, confortáveis e colaborativos, que favoreçam o trabalho em equipe e o bem-estar dos colaboradores. Isso significa que não necessariamente a área ocupada vai diminuir e, portanto, é necessário encontrar outras maneiras de reduzir custos de ocupação em busca de equilíbrio financeiro”, alerta o especialista da JLL.

A renegociação do contrato é uma das opções, principalmente diante de reajustes atípicos por causa do IGP-M, que acumula alta de 35,75% nos últimos 12 meses, até junho de 2021. 

 

Oportunidades para renegociar

Calvo explica que a renegociação é possível nas chamadas janelas revisionais, que ocorrem a cada três anos de aniversário do contrato ou no seu vencimento, com a renovação do prazo. 

“Quanto maior o prazo que o locatário se comprometer, melhores condições conseguimos obter. A redução de preço pode ser dar tanto no valor base quanto através de descontos ou outros incentivos”, pontua.

Ele alerta que a flexibilidade dos proprietários na negociação depende muito da região, pois existe impacto importante do lado da oferta. Em São Paulo, na região da Juscelino Kubitschek, por exemplo, onde a vacância está em torno de 8%, eles tendem a ser menos flexíveis. Na região da Berrini e Chucri Zaidan, com vacância acima de 30%, é possível encontrar oportunidades mais atrativas do ponto de vista financeiro.  

Outros benefícios em novos contratos

Quando os proprietários estão inflexíveis e os locatários precisam reduzir custos de ocupação, ou mesmo quando almejam um local melhor, uma alternativa é a mudança para outro endereço. Nos novos contratos, além de negociação no valor base e descontos, é possível obter outros incentivos monetários, segundo o executivo da JLL.

“Além disso, estamos vendo no mercado cada vez mais opções mobiliadas, o que ajuda na viabilidade de mudança”, diz.

Em todos os casos, da análise de ocupação à reinvenção dos espaços, passando pela renegociação ou relocalização, os ocupantes podem contar coma experiência e conhecimento de mercado, além da sólida base de dados da JLL.

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