Reportagem

Sete soluções tecnológicas para melhorar a experiência do usuário no seu prédio

Sistemas inteligentes simplificam a vida dos ocupantes, agilizam a resolução de problemas e aumentam a percepção de valor do imóvel corporativo.

30 de Outubro de 2020

Usar a tecnologia para oferecer a melhor experiência para os usuários de um prédio comercial é um diferencial cada vez mais decisivo para a fidelização dos ocupantes –especialmente nos mercados mais disputados.

“Na área de gestão de propriedades, temos a meta de manter o prédio sempre com ocupação e competitividade altas, e isso está diretamente relacionado com a satisfação do ocupante”, reforça Vinícius Santos, coordenador de Soluções Digitais de Gerenciamento de Propriedades da JLL. “Quando o ocupante percebe que os problemas são resolvidos antes de ele reclamar, por exemplo, sua percepção de valor aumenta, e isso faz toda a diferença na negociação da renovação da locação.”

Existem diversas maneiras de deixar os usuários do imóvel  satisfeitos – alguns exemplos são evitar filas na entrada do prédio na volta do almoço e reparar elevadores antes mesmo que quebrem. Confira, a seguir, como a tecnologia pode ser um trunfo para manter em alta o bem-estar dos ocupantes de edifícios comerciais.

Ar-condicionado na medida certa

A temperatura do ar-condicionado em um escritório é frequentemente motivo de insatisfação – daí a importância de ter um bom controle sobre o funcionamento do aparelho. É comum  programá-lo para variar a potência de acordo com o número de pessoas que teoricamente devem estar no prédio em determinados horários. Mas, com sensores, o gestor sabe qual é a ocupação em tempo real e pode atender às demandas na hora, como reduzir a temperatura de uma sala, de uma parte do escritório ou de outras áreas comuns do empreendimento onde o mapa de calor aponta uma concentração maior de pessoas. “Essa é uma ação que pode ser realizada automaticamente ou pelo gerente operacional, que, neste caso, consegue agir antes mesmo de o usuário reclamar”, aponta Vinícius.

Rapidez nos reparos

Problemas como uma cadeira quebrada ou uma torneira vazando requerem respostas rápidas. Uma maneira de agilizar a solução é dar ao usuário o poder de abrir chamados de manutenção pelo smartphone, por meio do sistema da empresa. “Um canal de atendimento telefônico nem sempre é viável ou até mesmo eficaz, já que comumente as equipes de suporte dividem suas tarefas entre atendimento ao usuário e outras tarefas de administração. Isso pode causar ligações não atendidas e, como consequência, usuários insatisfeitos. Com plataformas móveis, o usuário abre a solicitação de serviço onde estiver, e as equipes técnicas recebem os chamados em tempo real para atuar no diagnóstico e correção das falhas”, afirma Vinicius.

Previsão de problemas

Um software de análise de dados é um bom aliado para otimizar a manutenção preditiva. Com base num histórico de dados relacionados a potenciais falhas já conhecidas, o sistema analisa os padrões e avisa, com antecedência, qual é o melhor momento de fazer a manutenção preventiva.

Uma boa opção é ter sensores que enviam dados e avisam ao detectar anomalias ou a iminência de problemas. Um exemplo é o elevador: um sistema pode comparar os dados recebidos com os padrões de abertura e fechamento de portas, peso, número de viagens, entre outros. Se houver algo errado, gera um alerta para que o técnico seja enviado para fazer a manutenção preventiva antes que uma falha aconteça e gere indisponibilidade do equipamento, causando estresse dos usuários no hall.

“O elevador não fica parado esperando o técnico. Ao identificar que a porta está demorando milissegundos a mais para fechar naquele dia, indicando que algum componente não está na sua saúde perfeita, o técnico é avisado para atuar antes que o equipamento pare totalmente”, explica Vinícius.

Controle de visitas

Existem plataformas que permitem aos ocupantes agendar eventos e convidar pessoas virtualmente. Esses dados ficam disponíveis para a administração, que pode prever um pico de visitas ao empreendimento com base nos convites realizados – e, assim, readequar a operação para cuidar do controle de acesso e fluxo de pessoas para evitar aglomeração, por exemplo.

Checagem de identidade

O sistema de convite virtual oferece maior segurança no prédio, com a checagem prévia de documentos. Quando um visitante recebe o convite, ele se cadastra na plataforma e fornece seu documento com foto. O sistema, então, pode consultar bases de dados de órgãos validadores para verificar se aquela identidade é válida ou não. Só depois seu acesso ao edifício é liberado. Ao chegar ao prédio, a visita libera a catraca com a aproximação do telefone celular, usando um QR Code ou por reconhecimento facial, sem a necessidade de passar pela recepção, caso haja permissão do condomínio e do ocupante. “Um atendimento na recepção leva, em média, um minuto, e isso causa filas enormes em horários críticos”, calcula Vinícius. 

Carteira digital

Os usuários dos prédios podem ter uma carteira digital no celular, um meio de pagamento para utilizar nos estabelecimentos comerciais do condomínio. Ela também pode ser usada pelos funcionários das empresas ocupantes para pagar por serviços como o uso de lockers, bicicletas, estacionamento e até aluguel de veículos disponibilizados no condomínio. “O empreendimento oferece a carteira digital, e os prestadores de serviços se cadastram para aceitar esse meio de pagamento”, explica Vinícius.

Lockers inteligentes

Os smartphones dos usuários do prédio também podem ser úteis para quem precisa recorrer aos armários das áreas comuns. Quem se cadastra para usar o sistema pode reservar o locker com antecedência e destravar a porta apenas como a aproximação do celular (e, se o uso for cobrado, pode pagar com a carteira digital). Por causa da pandemia de COVID-19, os lockers também têm sido usados para receber comida no prédio sem ter contato com o entregador.

Fique por dentro

Receba nossa newsletter de tecnologia e inovação