Reportagem

Como as Gerações Z e Y estão trabalhando a sustentabilidade nas agendas corporativas

Empresas estão focando em estratégias de sustentabilidade como forma de reter talentos.

01 de Junho de 2021

As gerações mais jovens estão cada vez mais comprometidas em causar impacto social e sustentável não apenas em sua rotina como cidadãos, mas também como força de trabalho. E os anseios por um mundo melhor tem afetado diretamente as empresas que, além do desejo por promover mudanças disruptivas no meio ambiente, trabalham a sustentabilidade como forma de agregar valor a longo prazo e reter talentos.

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Quase metade das pessoas das gerações Z e Y são mais atraídas por causar um impacto positivo na sociedade e nas comunidades do que em começar uma família e ter filhos, por exemplo, de acordo com a Pesquisa Millennials 2019, realizada pela Deloitte.

No ano passado, cerca de 70% dos millennials disseram preferir trabalhar em uma empresa com uma forte agenda de sustentabilidade, segundo uma pesquisa da Fast Company. E cerca de três quartos deles estão dispostos a aceitar um salário menor para trabalhar em uma companhia ambientalmente responsável.

“Essas gerações cresceram em uma era diferente, onde estão muito mais expostas às mudanças climáticas”, diz Wu Xuchao, Head de Serviços de Energia e Sustentabilidade da JLL na Ásia Meridional. “Eles possuem maior consciência das questões críticas para o planeta e para a humanidade, e estão mais dispostos a agir sobre elas em comparação com as gerações anteriores.”

Ações corporativas

Como consumidores, esses grupos mais jovens vêm causando um impacto visível, optando por moda sustentável, mudando para dietas baseadas em vegetais e derrubando noções tradicionais de viagem e hospitalidade que afetam negativamente o meio ambiente.

Suas decisões, no entanto, vão além do aspecto pessoal e também têm afetado o local de trabalho. As empresas que tentam contratar os melhores profissionais e os mais procurados do mercado estão buscando locais de trabalho sustentáveis ​​para impulsionar seu senso de propósito, explica Wu, observando que “as empresas estão se tornando cada vez mais conscientes dessas questões e das soluções de local de trabalho disponíveis para se tornarem mais sustentáveis”.

Isso pode incluir a reforma de escritórios mais antigos para atender às metas de sustentabilidade ou começar do zero com métodos de construção que incorporem elementos de Projeto Ambientalmente Sustentável (ESD), como a instalação de painéis solares para energia renovável ou acréscimos de passagens para ventilação natural e resfriamento do edifício.

Cada vez mais, as opiniões das novas gerações são importantes, inclusive para ajudar a definir um layout adequado para os espaços corporativos. Para o seu novo escritório em Gurugram, na Índia, a Sun Life realizou um workshop com 25 funcionários da geração Y para obter feedback sobre o que eles queriam em um escritório. Os resultados incluíram temas como iluminação natural e amplo uso de madeira.

Os desenvolvedores também estão ajudando as empresas a buscar novas tecnologias que ofereçam melhor gerenciamento de resíduos, resfriamento com baixo teor de carbono e energia totalmente renovável. Outros optaram por materiais de construção sustentáveis, como madeira ou bambu.

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Um exemplo de espaço sustentável premiado internacionalmente é o da B:Hive de Auckland, na Nova Zelândia, eleito o Melhor Escritório no Festival Mundial de Arquitetura de 2020. Com características como chaminés térmicas para ventilar o interior e um jardim para purificação do ar e vegetação, o espaço de co-working recebeu as principais honras por ser um exemplo brilhante de um espaço de trabalho sustentável e flexível para a força de trabalho das novas gerações. Desde então, o espaço atraiu mais de 100 empreendedores e start-ups.

E se construir um espaço do zero é muito difícil, as empresas podem incorporar aspectos mais suaves, mas não menos significativos, como móveis e acessórios de fontes sustentáveis ​​ou banir produtos descartáveis. O conglomerado publicitário WPP, por exemplo, anunciou que não vai mais comprar ou fornecer plásticos descartáveis, como garrafas, canudos, talheres e copos em seus 3.000 espaços espalhados pelo mundo.

“A mitigação de riscos, o aprimoramento da marca e a atração e a retenção de talentos são subprodutos tangíveis e positivos, que estão impactando as empresas a fazerem a coisa certa e a adotarem medidas de maior sustentabilidade para construir um futuro melhor para todas as pessoas”, finaliza Wu.

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