Reportagem

Cresce o número de empresas que apostam em programas de mobilidade

A redução de custos e o maior engajamento da equipe estão entre as vantagens dos escritórios flexíveis.

16 de Outubro de 2019

Mobilidade é um tema em ascensão nas empresas, de acordo com o Guia de Benchmarking de Ocupação 2018-2019, da JLL. Em 2017, 41% das organizações pesquisadas afirmaram que possuíam um programa de mobilidade. Agora, o número cresceu para 52%. O guia foi formulado a partir de entrevistas com 108 líderes de 69 empresas que fazem negócios com a JLL no mundo.

Cada vez mais, as empresas buscam proporcionar um ambiente mais ágil, que se adapte aos hábitos de trabalho dos funcionários e promova uma cultura de inovação, integração e colaboração. Além disso, a tecnologia permite aos funcionários atuarem mais livremente, tanto dentro do escritório como de forma remota, de onde se sentirem mais produtivos. Ou seja, uma estratégia eficiente de mobilidade ajuda a reduzir o espaço subutilizado, diminui custos imobiliários gerais e contribui para o crescimento do negócio.

A estratégia também segue a tendência de oferecer uma experiência única aos ocupantes dos edifícios comerciais, segundo Roberta Hodara, especialista em Occupancy Planning, Change Management e Workplace da JLL.

“Atualmente, fala-se muito de promover o bem-estar nas instalações e a felicidade dos colaboradores. É o que as grandes empresas vêm buscando. A liberdade de escolha de como trabalhar e usar as ferramentas disponíveis no escritório ajuda a criar conexão entre os colaboradores, promovendo retenção de talentos e aumento da produtividade. As pessoas estão priorizando a qualidade de vida”, aponta. 
 

Roberta Hodara abordou mobilidade e outros temas em participação na InfoMoney TV. Confira:


O Guia de Benchmarking de Ocupação mostra que as empresas da região Ásia-Pacífico possuem mais funcionários inseridos em programas de mobilidade, com 64%, seguida de Europa, Oriente Médio e África, com 33%. Américas do Norte e Latina têm números parecidos, com 19% e 20%, respectivamente.

A pesquisa também apresenta uma evolução nos programas de mobilidade, com as empresas afinando as suas estratégias. Alguns exemplos disso são:

  • A definição de vizinhanças, em que as áreas de espaços de trabalho são designadas para
    departamentos, grupos ou tarefas específicas, por sinergia. Cerca de 80% das organizações
    com um programa de mobilidade utilizam as vizinhanças;
  • 83% dos programas de mobilidade oferecem uma solução de armazenamento alternativa,
    como armários, para que os funcionários guardem seus pertences;
  • Mais da metade (61%) dos entrevistados que contam com um programa de mobilidade
    dispõem de padrões de mobília de espaços flexíveis, índice superior aos 55% registrados
    em 2017.

Home office em queda

Se, por um lado, as empresas estão aprimorando os programas de flexibilidade no escritório, por outro, tem diminuído a adoção do home office. Segundo o Guia de Benchmarking de Ocupação, pouco mais de 1/3 (36%) dos programas de mobilidade possuem componentes de home office. Em 2017, esse volume foi de 45%.

Para Roberta, os escritórios mais colaborativos e com estruturas mais adequadas às necessidades das pessoas estão atraindo os colaboradores para dentro das empresas. “Amenities têm ajudado nesse sentido, desde espaço de sono, serviços estéticos, filiais de banco e até creches. Dessa maneira, é possível unir necessidades pessoais e o desenvolvimento profissional em um único espaço”, avalia a especialista.

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