Reportagem

Aliando eficiência e conforto, smart buildings vão além da tecnologia

Conheça cinco pontos que definem um prédio inteligente – e como os sistemas otimizam a gestão da ocupação e dos recursos nos empreendimentos.

24 de Novembro de 2020

A tecnologia é um fator decisivo para melhorar a administração de um edifício comercial. A internet das coisas, por exemplo, tem se transformado em uma aliada dos gestores, pois gera informações que otimizam o uso de espaço e de recursos. Por isso, os recursos tecnológicos são considerados o principal pilar de um smart building – mas não o único. 

Um prédio inteligente não é só aquele que permite aos gestores ter mais controle, até a distância, de funções como iluminação, temperatura e qualidade do ar, mas também o que oferece conforto e respeita o meio ambiente, conforme observa o diretor de Gerenciamento de Propriedades da JLL, Fábio Martins. “Eu diria que é um mix de tecnologia, oferta de serviços e sustentabilidade”, resume. “O valor, hoje, está em reinventar as áreas corporativas e deixar os edifícios mais eficientes e confortáveis. Para o proprietário, faz sentido investir nesses aspectos, pois são eles que vão fazer a diferença para os locatários.”

O uso de sensores para coletar informações que viabilizem a tomada de decisões baseadas em dados é o primeiro passo para transformar um edifício tradicional em um smart building. O sensoreamento acompanha desde a qualidade do ar até quantas pessoas estão no prédio ou a disponibilidade de vagas de garagem. “Assim, os gestores têm uma visão mais transparente do prédio, visualizando facilmente as informações em um dashboard”, comenta Martins.

Confira, a seguir, quais são outros cinco atributos que definem um smart building.

Software de gestão predial

Um eixo importante do smart building é o BMS (Building Management System), ou Sistema de Gestão Predial. Usando sensores, pode-se controlar as máquinas do prédio, como ar-condicionado e elevadores, e sistemas, como os de iluminação e irrigação de áreas verdes. “Dessa forma, conseguimos, por exemplo, desativar a iluminação de espaços vazios ou controlar a temperatura de forma remota. É uma inteligência voltada para a gestão do prédio”, diz o diretor de Gerenciamento de Propriedades da JLL.

Os sensores também podem ser usados para monitorar a ocupação e indicar em que pontos há aglomerações. Os dados captados são reunidos em um sistema que dá ao gestor uma visão qualificada, informando quantas pessoas estão no prédio em tempo real. 

Trabalho “flex”

Providenciar um bom acesso à internet nas áreas comuns e de convivência é outro ponto essencial em um smart building. “Pode parecer meio básico, mas nem todo edifício tem espaços pensados para as pessoas trabalharem bem em qualquer lugar, seja no escritório, seja em uma área de descompressão”, comenta Fábio.

Em um cenário pós-COVID 19, a tecnologia também facilita o flex office, ou divisão do trabalho entre o escritório da empresa e o trabalho remoto, pois o sistema é capaz de indicar quais são as estações de trabalho que estão livres naquele dia e travar o uso das que forem interditadas.

Espaços de descompressão

Oferecer mais espaços colaborativos e de convivência é outro diferencial de um prédio inteligente, assim como investir em áreas verdes. “Pensar em bem-estar ficou mais importante depois da pandemia de COVID-19. O escritório vai precisar atrair as pessoas de volta, e, depois da experiência do trabalho remoto, elas querem espaços mais confortáveis”, afirma Fábio Martins. “É preciso pensar em espaços que não sejam só para o trabalho, mas que promovam o convívio social e a realização de atividades relaxantes e terapêuticas.”

Mix de serviços

Segundo Martins, um smart building também é aquele que proporciona uma gama diversa de serviços, que agreguem facilidades para os usuários, como restaurantes, lanchonetes, oferta de bicicletas e até mesmo a possibilidade de fazer exames médicos. “Um empreendimento assim é considerado bastante atraente. As pessoas querem resolver as coisas perto do trabalho. Por isso, a oferta de serviços contribui para criar um ambiente melhor”, afirma. “Quem tem esse conforto fica mais fidelizado.”

Consumo sustentável

A sustentabilidade também deve ser contemplada em um smart building, especialmente quando se trata da otimização de uso de energia elétrica, água e plásticos. Um sistema inteligente pode, por exemplo, utilizar o sensoreamento para acionar a iluminação apenas quando houver gente no ambiente ou para programar a rega sob medida das plantas e jardins. Para o líder da área de Gerenciamento de Propriedades da JLL, essas são questões que vão além da tecnologia e englobam, por exemplo, a adoção de arejadores nas torneiras, vasos sanitários de duplo fluxo, iluminação com LEDs, uso de copos biodegradáveis e produtos de limpeza que não agridem o meio ambiente.

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