Reportagem

Data centers se multiplicam pelo país em sintonia com o crescimento da digitalização dos negócios

Pandemia acelerou transformações tecnológicas e levou ao aumento da demanda por espaços para processamento e armazenamento de dados.

04 de Outubro de 2021
Autores:
  • Agência Tecere

Ao longo dos seus 25 anos de atuação no Brasil, a JLL acompanhou e colaborou para o desenvolvimento de vários segmentos do mercado imobiliário nacional. Atualmente, participa ativamente da ascensão de mais um deles: o de data centers, uma estrutura física que possibilita o processamento e o armazenamento de informações digitais, com equipamentos como banco de dados e servidores.

A aceleração da digitalização durante a pandemia fez aumentar a procura por esses espaços e por empreendimentos do tipo estão se multiplicando pelo Brasil. Segundo o relatório da JLL sobre o mercado de data center de São Paulo, os segmentos bancário e de telecomunicações são os líderes de demanda, muito por conta do alto volume de operações que realizam. O crescimento do setor de tecnologia também se coloca em destaque entre as áreas que necessitam do serviço. 

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No mercado, existem basicamente três tipos de data center:

- data center corporativo: a própria empresa é proprietária e detém o controle do espaço e da operação.

- co-location: é como uma terceirização, em que a empresa aluga um espaço em uma estrutura de data center de um fornecedor especializado.

- data center hiper escalável: com capacidade de ser redimensionado para responder à demanda crescente.

“Cada modelo de operação atende a um perfil específico de empresa”, explica Charles Nunes, diretor de Projetos e Obras da JLL.

“O data center corporativo é mais utilizado por empresas com requerimentos elevados de segurança da informação, como instituições financeiras, em que o acesso e o controle dos dados são importantes para cumprir processos internos. Outras companhias são mais flexíveis e entendem que esse não é seu negócio principal, então optam pela co-location. E os hiper escaláveis são utilizados por empresas globais, como Facebook e Amazon”, diz Nunes.

 

Tendências do mercado de data center

Com o mercado aquecido, é possível identificar algumas tendências entre os projetos de data center. Conheça algumas delas, apontadas pelos especialistas da JLL:

- co-location: à medida que a importância dos dados cresce para todos os tipos de empresa, aumenta também a demanda pela contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados.

- 5G: o mercado brasileiro aguarda com ansiedade o leilão que vai definir o operador do sistema. A instalação da nova tecnologia vai possibilitar ganhos inimagináveis de escala e deve aquecer ainda mais o segmento.

- ESG: as melhores práticas ambientais, sociais e de governança estão em destaque nos data centers. As ações de sustentabilidade, em especial, trazem ganhos de eficiência que valorizam a operação no longo prazo. 

 

O consumo de energia, por exemplo, pode ser muito alto em um data center, mas é possível reduzi-lo com o uso de energia limpa, como solar e eólica.

“Sistemas mais elaborados, como circuito fechado de água para resfriamento dos equipamentos, podem reduzir em até 70% a necessidade de energia. Além do ganho de eficiência em todo o ciclo de vida da operação, é uma forma de atrair como clientes as grandes empresas, como aquelas que têm meta de emissão de carbono zero. Certificações do tipo LEED, ISO e Tier, esta última específica do segmento, também agregam valor ao empreendimento”, pontua Nunes.

Desafios da operação de data center exigem conhecimento especializado

A JLL tem experiência na busca por imóveis para implantação de data center e no gerenciamento desde a obra até a operação. O conhecimento do mercado local somado ao acesso às melhores práticas internacionais são as principais vantagens de contar com o suporte de uma consultoria especializada.  

Em transações deste tipo, não é recomendada a corretagem comum de mercado, pois é importante estar atento não só aos requerimentos físicos do projeto, como tamanho do empreendimento, mas aos requisitos técnicos, de acordo com Cesar Mello, diretor de Projetos e Obras para o segmento industrial da JLL.

"A procura por um terreno para implantação de data center necessita de aprofundamento técnico já nos estudos preliminares. Além dos estudos comuns para qualquer imóvel, como ambiental, de licenças e restrições construtivas, é necessário se aprofundar em questões específicas, por exemplo, a disponibilidade de energia e de fibra ótica. O estudo de vizinhança deve considerar fatores de risco no entorno, como áreas de alagamento ou proximidade com ferrovia, que produz trepidações que podem afetar a operação”, alerta.

Na JLL, a implantação de um projeto de data center se divide em cinco fases:

1. Iniciar;

2. Planejar;

3. Desenhar;

4. Construir;

5. Encerrar.

“O sucesso de uma implantação está ligado a um bom planejamento”, destaca Mello. Para isso, a JLL utiliza a metodologia BIM, que cria digitalmente um modelo virtual do empreendimento. Em detalhes, a maquete eletrônica permite antecipar problemas e poupa interferências ou retrabalho durante a obra, trazendo qualidade para processos complexos.

“O uso de tecnologia é indispensável para conseguir entregas de qualidade em projetos complexos como o de um data center”, finaliza Cesar Mello. 

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